quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Temporada de Outono 2018: A Conclusão

Romeu e Julieta porradeiros!

Olá povão louco!

Voltamos das férias! E com mais uma temporada encerrada, estamos de volta com "A Conclusão"! Quadro onde dou meu parecer sobre os animes que assisti na temporada que acaba de fechar, comentando o que achei das séries e se acho que vale a pena assistir, e também dou uma nota marota (basicamente mini reviews). Aqui reúno os animes que terminaram nessa temporada, então aqueles de 24/25 episódios que começaram na temporada anterior estão na matéria, e os de 24/25 episódios dessa temporada que continuam na próxima vão estar na matéria da próxima temporada.


Kishuku Gakkou no Juliet
 Uma comédia romântica com luta não é algo que não se vê todo dia, ainda mais baseada em Romeu e Julieta, aqui respectivamente Romio Inuzuka e Juliet Persia. É uma série bem simples que entrega exatamente o que promete, é divertida, tem um romance meloso (e muitas vezes engraçado), e algumas lutas, que não são o foco mas que acrescentam algo de diferente e até são legais.
 Os personagens são ótimos, a Persia é bem diferente do que eu esperava, pensei que ela seria mais patricinha, mas não, ela tem um estilo até bem maduro, e um contraste interessante entre ser durona e fofa. O Inuzuka é muito idiota e o responsável por grande parte da comédia, no começo ele parece até uma versão abestada do Oga de Beelzebub, mas é legal que ele não é tão invencível quanto parece, e as reações dele com a Persia são muito engraçadas. A série também conta com ótimos coadjuvantes, a Char é uma figuraça, metida a rainha do pedaço e obcecada pela Persia, é mais uma das responsáveis por boa parte da comédia, e ela é bem importante na história entre os dois protagonistas, assim como a Hazuki, que é a fofinha apaixonada pelo Inuzuka. E preciso mencionar o personagem do Sugita, que não chega a ser importante, mas é engraçado que ele lembra bastante o personagem do dublador em Sakamoto Desu ga? hehehehe!
 O conceito de Romeu e Julieta é bem explorado com o casal que não pode ficar junto por causa da grande rivalidade entre os dormitórios, o que parece meio bobo, mas temos que lembrar que isso é uma comédia, então é de se esperar esses detalhes mais bobinhos.
 No geral, uma ótima comédia romântica! História simples, bons personagens, bom visual, e muita diversão. Muito agradável de assistir, e vou sentir muita falta dessa diversão semanal, pois foi um dos que mais gostei nessa temporada.
Nota: 9


Golden Kamuy 2nd Season
 Essa temporada conseguiu ser melhor que a anterior, aconteceu muita coisa! Talvez o mais interessante foi que rolaram umas alianças bem inesperadas, e o final da temporada foi bem impactante, deixando muito hype para uma continuação. Outra coisa que chamou bastante a atenção é que rolaram uma referências bem malucas, até de Scarface! Mas talvez o grande destaque seja para o bizarro episódio do afrodisíaco, que foi muito engraçado e deve ter deixado gente traumatizada hahahahaha!
 Ah, pena que o problema dos ursos ainda está presente, mas como apareceram bem poucos, então está tranquilo hehe.
 Só faltou Man with a Mission!
Nota: 9


Tokyo Ghoul:re 2nd Season
 O primeiro :re foi muito bom, mas essa segunda parte foi uma confusão! logo no começo senti como se tivesse perdido uns 10 episódios entre uma temporada e outra, pois já começou acontecendo algo completamente diferente de onde tinha parado, com dezenas de personagens diferentes, mas como se a gente tivesse que saber tudo sobre todos esses 870897087087 personagens, e o fato de ser só luta e diálogos sem explicação durante os primeiros 3 episódios só contribuíram para a confusão que foi essa temporada.
 Alguns detalhes da história até que foram interessantes, continuo não gostando do Kaneki, mas ele teve um desenvolvimento interessante nessa temporada. Mas aconteceram algumas coisas que não me agradaram nem um pouco, como o retorno de alguns personagens que até então estavam mortos, e achei esses retornos bem desnecessários. As lutas foram legais, mas quando se tem um péssimo vilão como o dessa temporada, a luta final acaba perdendo força. O excesso de personagens atrapalhou bastante, pois tivemos muitos plots e poucas conclusões, sendo que esse é claramente o fim de Tokyo Ghoul, então provavelmente não vamos saber o que aconteceu com a maioria desses personagens, assim como também encerramos a série sem saber como ficou a situação dos ghouls no mundo, um detalhe que deveria ser de extrema importância mas que foi deixado de lado. Talvez a solução seja ler os últimos capítulos do mangá para procurar uma conclusão mais completa, já que dizem que deixaram muita coisa de lado nessa adaptação.
Nota: 4


Seishun Buta Yarou wa Bunny Girl Senpai no Yume wo Minai
 Esse foi uma boa surpresa! Achava que seria algo bem mais simples e bobinho, mas acabou que a série lida com questões meio sobrenaturais ao mesmo tempo que involve problemas da adolescência, descritos como a "Síndrome da Adolescência" no universo da série. O formato lembra a série Monogatari, o protagonista é um cara que teve seu problema com o sobrenatural, e ele tem um certo talento para ajudar os outros com seus casos sobrenaturais, no caso as garotas, algo que aproxima ainda mais de Monogatari. Mas enquanto Monogatari é recheado de psicodelias e longos diálogos complexos, Bunny Girl Senpai é bem mais simples, mais pé no chão. Então acho que quem gosta dos temas de Monogatari mas não tem saco de acompanhar a complexidade, vai encontrar em Bunny Girl Senpai uma ótima opção.
 A série é dividia em arcos onde o protagonista Sakuta ajuda uma garota com seu problema sobrenatural. Esses arcos funcionam bem, apesar de alguns não terem muita graça, na minha opinião. Mas o que ajuda muito é que o Sakuta é um excelente protagonista! Ele não é bobão, não é indeciso, mas também não é nenhum fodão, ele é um cara simples que se vê uma oportunidade de ajudar alguém ele ajuda da forma que pode, e sempre com muita sinceridade, um traço de sua personalidade que me agrada muito, se perguntam algo pra ele a resposta é sempre sincera, somente com sua irmã Kaede (melhor irmãzinha!) ele conta umas mentirinhas para manter ela tranquila. Já a segunda protagonista, Mai, a coelhinha do título, tem uma personalidade que lembra a Senjougahara de Monogatari, mas bem menos ardilosa e sádica. A química entre ela e o Sakuta funciona muito bem, e eles têm um relacionamento bem interessante. Só me decepcionou um pouco que a questão da coelhinha é bem menos relevante do que parecia,. Pra falar a verdade, não demorou muito para essa questão se tornar completamente irrelevante.
 O visual é bem caprichado, os designs funcionam bem e as personagens são até bem marcantes visualmente. A música de abertura é ótima, pode não ser a melhor da temporada, mas com certeza é a mais viciante! E parabéns para a Yurika Kubo, dubladora da Kaede, que fez um trabalho incrível, que só não falo em detalhes porque seria spoiler hehehe.
 Apesar de um que outro detalhe mais fraco, Bunny Girl Senpai é muito bom e vale a pena conferir. Lembra Monogatari, mas com certeza tem sua própria identidade!
Nota: 8


Goblin Slayer
 Acho que a maior preocupação com esse era como fazer a história não ficar repetitiva com um cara que apenas vive para matar goblins. Bom, Goblin Slayer certamente superou esse obstáculo, pois houve uma grande dinâmica na forma como os goblins foram combatidos, e esse é um dos melhores pontos da série. É engraçado como o personagem Goblin Slayer tem certo carisma, apesar de falar pouco e não demonstrar muitas emoções. A gente acaba torcendo pra ele mesmo assim, talvez porque a forma como ele destrói os goblins é legal, ou talvez porque essas criaturas são tão desgraçadas que a gente que mesmo é ver elas morrendo hehehe.
 O fato dos personagens não possuírem nomes me lembrou bastante Maouyu Maou Yuusha, onde os personagens são chamados apenas por suas classes (coisa de rpg) ou raças. A vantagem disso é que fica fácil lembrar dos personagens, sendo que o grupo do Goblin Slayer é bem legal e estiloso, tem até o Sugita fazendo papel de homem-dragão, é até engraçado ver ele mais sério.
 As lutas são ótimas e algumas têm desfechos inesperados, não basta apenas ser forte, é preciso estratégia para lidar com grupos e situações complicadas. Aliás, isso é algo bem legal, há um certo realismo na física da série, um goblin pode ser pequeno, mas ser perfurado pela faca de um goblin pode ser tão letal quanto ser perfurado pela faca empunhada por um humano. Os personagens não possuem aquela "super resistência" de levar milhares de golpes e levantar cheio de energia, aqui é como na vida real, um golpe em certo ponto pode gerar consequências drásticas.
 A violência surpreende no primeiro episódio, que leva as coisas ao extremo, incluindo violência sexual. A partir do segundo episódio a coisa fica um pouco menos pesada, os combates ainda são sangrentos, mas a violência sexual se torna quase nula, deixando mais a ideia de que algo aconteceu do que mostrando o que aconteceu.
 A parte técnica funcionou bem na maior parte da série, apesar de vez que outra a animação não ter acompanhado muito bem a coreografia. É legal como a temática de rpg está presente com força na série, a abertura tem até os dados de rpg rolando pela tela hehehe.
 Apesar de não deixar ganchos, a série termina com um aviso de que "Goblin Slayer irá retornar!", o que é a confirmação de uma segunda temporada.
 Com certeza não é um anime para a família, mas o público adulto que gosta de uma ação com uma forte sensação de perigo com certeza vai curtir muito! Eu certamente curti!
Nota: 9


RErideD: Tokigoe no Derrida
 Lembro que quando fiz o guia dos animes da temporada, falei que esse era um forte candidato a anime do ano. Nossa, como eu estava errado! A história é chata, com um ritmo que definitivamente não funcionou e que se torna entediante logo no terceiro episódio. O protagonista é péssimo, carinha sem carisma nenhum e completamente esquecível. E nem o poder dele é bem aproveitado, algo que parecia interessante se tornou bobo e perdeu a graça rapidamente. Na real, só assisti até o final por causa do Vidaux e da Mayuka (olha a Kaede Hondo atacando pela terceira vez nessa temporada 💖), e fiquei pensando que seria muito mais interessante uma série só sobre os dois sobrevivendo em um mundo apocalíptico com seu carro Graham do que essa aventura sem graça do inútil do Derrida!
 E os problemas continuam, a arte é bem precária e fica deformada na maioria das cenas, e a animação é muito a inferior a vários animes dos anos 1990.
 É quase inacreditável ver que uma premissa tão interessante resultou em algo tão ruim. Pior que o time de dubladores é muito bom e até se esforçou para entregar algo bom, mas não tinha como salvar essa obra. Dá pena da Mao Ichimichi, que se lascou com um dos piores animes de 2017 (Ousama Game), e agora com um dos piores de 2018. Ainda bem que ela conseguiu um papel legal em Saintia Sho pra compensar.
 Só não digo que foi um desastre completo porque há dois personagens interessantes que já foram mencionados, e há um pequeno caso de "fantasma na máquina" que é até interessante. Mas mesmo, assim, foi ruim esse anime, infelizmente foi.
Nota: 3


 Apesar de duas decepções, curti bastante a temporada e acabou no saldo positivo! Deu pra viver uma história romântica no meio da porrada, seguir na busca pelo tesouro, encerrar a sofrência do Kaneki, ajudar garotas com casos sobrenaturais, matar muitos goblins, detestar o Derrida, zumbificar, e encher os olhos com um lindo mundo de cores!
 Ficaram de fora Ace Attorney, Index, e SAO, que seguem para a próxima temporada, e que por enquanto estão bons.
 Agora bora acompanhar a nova temporada e apostar tudo!


É, Golden Kamuy tem algumas situações bem inesperadas!

4 comentários:

  1. Um bom apanhado!

    Descrevendo assim, o Kishuku Gakkou no Juliet me lembrou o Busou Shoujo Machiavelism. Ao menos a parte da comédia romântica, embora a história seja totalmente diferente. Parece ser divertido.

    Ouvi muitos comentários negativos sobre Goblin Slayer sobre aquilo do primeiro episódio, com muita gente já descartando logo de cara por causa disso. Eu mesmo deixei de lado e nem cogitei assistir. Mas o ABB foi mais longe e conseguiu perceber o que outros não perceberam. Vi uma das cenas de combate e fiquei impressionado. Cada um dos personagens tem suas características aproveitadas e tem muita estratégia envolvida, inclusive usando as vantagens do terreno. Mostra bem como funciona de verdade esse elemento em jogos de RPG/Estratégia (Ex: Shining Force, Ogre Battle etc.). Realmente o negócio é ver mesmo para poder fazer um julgamento justo.

    O que leva a Bunny Girl Senpai que ninguém dava nada, mas que pelo visto surpreendeu, e RErideD, que decepcionou. Ver anime é uma caixa de surpresas, algumas boas e outras ruins. Não dá para ficar só no hype e no papo dos outros. É preciso ver de fato para saber. Embora eu confie no ABB para as indicações.

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    1. Grande Usys!

      Até lembra um pouco Busou Shoujo, mas com uma pegada bem menos shonen. Vale a pena conferir!

      A partir do segundo episódio até começaram a botar um aviso de conteúdo violento no começo de cada episódio, algo que faltou no primeiro e que por isso deve ter surpreendido (e assustado) muita gente. As lutas são bem diferentes umas das outras, e isso ajuda a manter a ação sempre interessante, e praticamente tudo vira arma na hora do aperto, então algumas lutas têm desfechos surpreendentes hehehe.

      Obrigado pela confiança! Ver animes é realmente uma caixa de surpresas, muitas vezes algo que parece de um jeito acaba sendo de outro completamente inesperado, eu mesmo já mordi a língua por causa de Shokugeki no Souma, que no começo achei meio toscão e depois passei a achar excelente (se bem que nesse caso a série mudou bastante também hehe).

      Abração!

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  2. Rapaz, ainda me falta um episódio de Goblin Slayer pra finalizar, mas até que gostei. Segundo alguns comentaristas de YouTube, o roteiro é um pouco raso e alguns personagens tem suas motivações meio sem noção. Concordo em parte. Curti essa forma de mostrar cada tipo de "personagem" de um RPG. E fiquei abismado com as estratégias dele e com seu carisma. Algumas cenas Echi não tem necessidade alguma, mas, né?...

    Cara, ReRideD é muito chato. Me falta um episódio pra terminar também, e não tô com um pingo de coragem de ver. Coisa chata danada. Pra mim, aquele carro é um Batmóvel em O Exterminador do Futuro com um protagonista sem graça. Poder raso e fraco.

    Nao sei qual foi a temporada, mas finalizei Hi Score Girl e gostei demais. Vale uma indicação lá no Super AHAM !

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    1. Grande Adelmo Veloso!

      Acho que Goblin Slayer é bem simples, não tem um roteiro complexo ou intrigante, talvez por isso seja legal, já que não precisa pensar muito para curtir hehehe. Parece que a série não quis mergulhar muito em desenvolvimento de personagem, e se preocupou mais em apresentar seu universo, mas os personagens ganham destaque pelo visual e carisma. A parte das estratégia é a melhor, aquela luta que ele finaliza estrangulando com uma arma improvisada é foderosa! O problema do ecchi nessa série é que ele geralmente envolve violência, o que acaba sendo meio desagradável.

      Bah, REridedD foi uma baita decepção. Já aviso que o final é bem fraquinho também, a melhor parte é que acaba hahahahaha! O carro é uma das poucas coisas boas na série, mas o protagonista ruim bota tudo a perder.

      Hi Score Girl é da temporada anterior a essa (Verão 2018). Anime excelente, e recheado de nostalgia e emoção pra quem é de 1980. Poucas vezes me senti tão representado e nostálgico com algum filme/série/anime como me senti com esse! Quero reassistir com a dublagem brazuca da Netflix, tô curioso pra ver se adaptaram algumas gírias gamers da época hehehe.

      Abração!

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