sábado, 9 de janeiro de 2021

Temporada de Outono 2020: A Conclusão


Ola povão louco!

Com mais uma temporada encerrada, chega "A Conclusão"! Quadro onde dou meu parecer sobre os animes que assisti na temporada que acaba de fechar, comentando o que achei das séries e se acho que vale a pena assistir, e também dou uma nota marota de 0 a 10 (basicamente mini reviews). Aqui reúno os animes que terminaram nessa temporada, então aqueles de 24/25 episódios que começaram na temporada anterior estão na matéria, e os de 24/25 episódios dessa temporada que continuam na próxima vão estar na matéria da próxima temporada.
Os reviews que tiverem spoilers estarão marcados com o aviso, do contrário, o padrão é sem spoiler.



Enn Enn no Shouboutai: Ni no Shou

 Nessa segunda temporada tivemos alguns arcos legais e uma mega carga de informações e personagens, coisas um tantinho excessivas na minha opinião, mas nada que atrapalhe. Curti que os encerramentos são bem focados no Arthur, que continua sendo meu personagem favorito, e também curti que vimos a história da Maki, que também é uma das minhas favoritas, mas infelizmente no arco da história dela ela quase não participou das batalhas, mas pelo menos encerrou com estilo hehehe. 
 Entre a avalanche de personagens novos tivemos alguns bem legais, e o destaque pra mim com certeza é o Ogun, o cara tem muito estilo, dá porrada bagarai, e tem até um skate de fogo! Taí um personagem que eu queria que se tornasse um dos fixos no time principal.
 Eu sou dos que prefere enredos mais simples e elencos mais enxutos nos meus animes, mas acho que as inúmeras adições em Fire Force não atrapalharam, pelo menos não por enquanto. Pra mim a qualidade é a mesma da primeira temporada, os personagens continuam bacanas, as lutas continuam ótimas, as piadas da Tamaki continuam ruins (apesar da história do vilão que treina para não se distrair com ela ser hilária), e o visual continua muito caprichado. Que venha a parte três!
Nota: 8


Tonikaku Kawaii

 É muito açúcar hehehehe! Aqui acompanhamos o Nasa Yuzaki, um carinha que tem uma vida tão promissora no mundo científico que seus pais botaram esse nome específico nele. Ele já estava com tudo certo para seu futuro, mas ao se distrair com a beleza de uma garota na rua, ele acaba atropelado. Porém, graças aos esforços dessa mesma garota, nosso amigo científico acaba sobrevivendo, e mesmo lutando por sua vida ele ainda consegue se declarar pra ela. Mas a beldade chamada Tsukasa só aceita se for pra casar! E realmente, eles casam!
 Pois é, parece até que eu contei a série toda, pois parece um final. Mas isso é apenas a sinopse, pois se trata do comecinho da série. O enredo em si segue o dia a dia do casal de jovens lidando com esse passo prematuro na vida adulta, e isso é uma baita ideia diferente e interessante.
 Tonikaku Kawaii foca bastante em ser um comédia romântica bem good vibes, é tudo muito bonitinho e divertidinho, desde os simpáticos protagonistas até as situações nas quais eles se veem como um casal tão jovem. Até há a sombra de um drama, pois parece que existe algo no passado da Tsukasa envolvendo sua família, e também o motivo de ela ter arriscado sua vida para salvar o Nasa, mas aí vem algo que me incomodou um pouco, esses detalhes são completamente deixados de lado logo no começo da série, inclusive o ar de mistério que a Tsukasa tem ali nos dois primeiros episódios acaba se dissipando, por mais que a gente não saiba nada sobre ela. É uma sensação meio estranha, mas eu entendo porque fizeram isso, pois fica clara a intenção de fazer uma série bem focada no "Kawaii" do título, e desenvolver dramas e mistérios desviaria um pouco desse caminho. O lado bom: temos uma série muito gostosinha de assistir e que nos preenche com felicidade. O lado ruim: parece que não acontece muita coisa na série, o que pode acabar ficando enjoativo para alguns. Então pra quem procura um romance bem simples esse é um anime ideal. Mas se procura algo com um grande desenvolvimento e alguns dramas envolvidos, é melhor procurar outra coisa.
 Gostei que são bem poucos personagens, então dá pra aproveitar todos. O Nasa é um carinha bem divertido e ele ser um babão por sua esposa é a parte mais engraçada. É fácil gostar da Tsukasa, ainda mais quando ela revela sua paixão por filmes e games, o que inclusive gera várias referências e até uma participação direta do game Street Fighter V em um dos melhores episódios da série.
 É fato que quando algumas cenas açucaradas se prolongavam demais eu acabava voltando minha atenção para o celular ou alguma outra coisa por uns instantes, mas isso não afetou minha experiência com Tonikaku Kawaii. Foi uma série divertida e interessante na maior parte do tempo. Não é nada magnífico, mas é muito bom e com certeza vale o tempo investido, e eu com certeza assistiria uma segunda temporada. Esse deve ser bacana assistir em casal hehehe. Só não digo que é um anime para a família inteira porque acho que as crianças não entenderiam muitas das propostas e situações da série.
Nota: 8


Golden Kamuy 3rd Season

 Essa temporada foi melhor do que eu esperava, pois eu estava preocupado com a ideia de separar os dois protagonistas. Mas no final das contas funcionou bem, a interação de cada grupo foi bem legal, e tivemos algumas respostas bem interessantes para alguns dos mistérios da série. Só que o desenvolvimento pareceu ser mais lento do que eu gostaria, algumas vezes me pareceu que eles não chegavam a lugar nenhum, mas no final engrenou e tivemos grandes acontecimentos.
 A parte cômica estava com tudo, foi muito engraçado, principalmente as piadinhas safadas do caras e as cenas de nudez hehehehe!
 Gostei muito da determinação do Sugimoto no final, que promete levar as coisas para uma direção bem explosiva, deixando um baita hype para uma futura temporada, que eu espero que não demore muito.
Nota: 8


Hypnosis Mic: Division Rap Battle - Rhyme Anima

 Eu vivi pra ver o Show Hayami fazendo rap!
 A ideia de Hypnosis Mic é bem louca. É um mundo onde as armas foram abolidas e as palavras são a maior força, principalmente para aqueles que conseguem fazer rimas com os microfones especiais chamados "Hypnosis Mic", que causam um tipo de efeito ilusório que está mais para algo como uma pequena distorção de realidade, capaz de causar danos não letais aos alvos das rimas. E com o espetáculo causado por cada Hypnosis Mic, nada melhor do que aproveitar isso para criar torneios de "Rap Battles" onde os melhores times vão se enfrentar, e é aí que entram nossos vários heróis.
 É um conceito bem interessante e criativo, e o visual também é criativo, pois cada apresentação de Hypnosis Mic é um show, cheio de detalhes e cores, com misturas de animação tradicional e CG bem integrados. 
 Eu resolvi assistir porque as várias figuras baseadas na série me despertaram curiosidade, mas acabei gostando mais do que eu esperava, pois os visuais são bem legais e eu gostei da maioria dos personagens, apesar do desenvolvimento deles ser bem fraco. O enredo em si não é dos melhores, na real, só surge mesmo um enredo mais pro final, pois no começo são episódios focados em cada um dos trios rappers e o dia a dia deles (não há um protagonista específico na série), o que acaba dando uma sensação meio "cotidiano" para a série. Esses episódios focados são bons para conhecer bem a personalidade e o estilo de cada personagem, mas infelizmente não para apresentar bem suas histórias, pois para absolutamente todos os personagens fica a mesma situação de "parece que aconteceu algo no passado dele", mas não sai disso, o que é um tanto desanimador. Pô, se você quer me contar uma história, conta então caramba! Não fica fazendo de conta que vai contar! É tipo pegar um osso e fingir que vai jogar pro cachorro, aí quando ele fica animado você guarda o osso e deixa o cachorro lá com cara de otário. E a pior parte é que essas histórias não contadas são muito importantes para a interação dos quatro líderes de rappers, aí eles ficam lá em altas intrigas e tretas por causa de algo que o expectador simplesmente não sabe o que é, mas que deveria saber! Sacou? Não né? Eu também não...
 É uma pena que existe essa baita falha narrativa, porque a série é divertida. O mundo é muito criativo, o visual é mó legal, os raps são empolgantes, os personagens têm carisma. Pra você ver, mesmo com um defeito que faria eu detestar e talvez até parar de assistir alguma coisa, eu ainda assim assisti até o final e gostei da desgraça. Sinal de que o que a série faz bem ela faz muito bem, tanto que eu fiquei super empolgado na batalha final, e sempre ficava empolgado com a viciante música de abertura.
 Minha recomendação: desliga o cérebro e assiste pela diversão do rap e os efeitos visuais. Seja lá qual for seu veredito depois dos 13 episódios pelo menos você vai poder dizer que teve o privilégio de ouvir o Show Hayami fazendo rap com sua voz masculinamente sexy 😝
Nota: 6


Taisou Samurai

 Eu nunca pensei que assistiria um anime de ginástica! 
 Premissa super simples: Joutarou Aragaki é um cara fodalhão da ginástica japonesa que ficou conhecido como o "Samurai da Ginástica", e ele tem até mesmo uma acrobacia famosa chamada de "Aragaki". Mas a vida dessa estrela não é fácil, sua esposa faleceu, deixando ele com a responsabilidade de criar a filha, algo que ele faz com muito carinho, mas as coisas se complicam quando ele se vê forçado a se aposentar de sua carreira de sucesso por causa de uma lesão. Porém, o amor por sua filha e um recente evento em um show de ninjas (!) acabam fazendo esse "Samurai" tomar uma atitude ousada...
 Aqui em Taisou Samurai, diferente da maioria de animes de esporte onde vemos a ascensão de um jovem protagonista em seu esporte, acompanhamos um protagonista adulto que já passou por essa fase, e agora o problema dele é um possível declínio. E o toque especial é o lado "anime de pai" de Taisou Samurai, pois no meio do furacão de sua carreira o Joutarou precisa encontrar espaço para sua filha Rei, além de acabar servindo também como figura inspiradora e quase paterna para o jovem Leonardo, um rapaz que acaba envolvido com a família Aragaki após o tal show de ninjas. E apesar do Joutarou ser o personagem principal, esse trio é o núcleo protagonista da série.
 Eu gostei muito do Joutarou! Se tem algo que eu gosto é quando os personagens adultos realmente são apresentados como adultos, e é o caso aqui. As reflexões do Joutarou sobre as dificuldades e responsabilidades são dignas de um adulto que precisa pagar suas contas e garantir o melhor para sua família, e ele vem passando por esse momento difícil que deixa o personagem com um desenvolvimento mais profundo. Aí temos a Rei que é a luz no meio de tudo, com certeza a melhor personagem da série e que faz toda diferença em seu desenvolvimento. A Rei não é a criança chata que dá trabalho para o pai, ela é o pilar da história, sem ela tanto o Joutarou quanto o Leonardo não teriam forças pra seguir em frente. E ela ser extremamente adorável e fã de ninjas deixa tudo ainda melhor hehehe. E pra completar o trio temos o Leonardo, o jovem que acaba meio "adotado" pela família. Um rapaz muito bonzinho e amigável, mas que tem uma história misteriosa, e curiosamente parece ter boas capacidades atléticas. Mas eu confesso que não gostei desse personagem. Apesar da interação dele com a família Aragaki funcionar maravilhosamente bem, o arco e as motivações dele não me convenceram, inclusive toda  a revelação da origem misteriosa dele me pareceu bem boba e acabou se tornando o ponto fraco da série. Essa parte do Leonardo junto com o rival da ginástica, Tetsuo Minamino (um moleque orgulhoso e chato pra baralho), foram as coisas que eu não curti na série, e pior que eles são importantes, então foi uma pancada meio forte pra mim.
 Outro probleminha é que ter apenas 11 episódios prejudicou o desenvolvimento, principalmente o final. Apesar da competição em si ser legal, o final foi muito apressado e deixou a desejar em vários pontos.
 O visual da série é legal, com bons designs de personagens e um padrão de cores bem agradável, fora que a abertura é muito estilosa e bem pensada. O CG usado nas cenas de ginástica são meio inconsistentes, mas não chegam a ficar ruins. 
 Taisou Samurai foi bem legal, e bem interessante. Poderia ser melhor, com certeza. Poderia ser mais longo, com certeza. Tem coisas que não agradaram ao meu gosto pessoal, mas tem muito mais coisas que eu gostei. Me senti bem envolvido com a história e a família Aragaki, e acho que quem procura um anime um pouco mais adulto com uma pegada de esportes vai sentir o mesmo com Taisou Samurai.
Nota: 7


Ikebukuro West Gate Park

 Acho que a sinopse que eu peguei pra esse no guia da temporada não estava muito correta.
 Em Ikebukuro West Gate Park acompanhamos o dia a dia de Makoto Majima, um cara muito prestativo que ajuda as pessoas de Ikebukuro e age como mediador em vários assuntos de gangues. O fato de ele ser muito amigo do líder da maior gangue do pedaço ajuda bastante. 
 E a premissa é basicamente isso! Não tem aquela parada sobre o Makoto perder uma namorada como dizia na sinopse que eu traduzi. Assim como o tal gênero "romance" na descrição do anime também é completamente inexistente. Acho que essas coisas devem ser da novel ou do seriado live action, que pelo visto seguem um caminho diferente do anime. Aqui realmente se foca bem no dia a dia e nos problemas de Ikebukuro, com o Makoto se esforçando para ajudar todos e resolver as coisas. É bacana, e algumas das histórias são bem profundas e envolventes, algumas até comum toque de realidade que pode ser meio assustador para os corações mais fracos. Ao mesmo tempo das histórias por episódio, lentamente vai se formando uma história principal, mas ironicamente ela não é das melhores, e usa de várias conveniências de roteiro, algumas até meio irritantes, como do nada dizer que um personagem que era uma coisa agora do nada é outra coisa completamente diferente. E a parada das gangues também não convence muito em alguns pontos, pois muitas vezes eles parecem mais os cavaleiros da cidade do que gangues.
 Não tem muita informação sobre a história dos personagens, mas isso não atrapalha e eles são interessantes, principalmente o protagonista, é bem legal o quanto ele se preocupa com a paz de Ikebukuro e como ele interage com ela, ele ser o "resolvedor de problemas" convence bem rápido. É muito fácil gostar do Makoto, e acho que ele é um dos protagonistas mais legais de 2020.
 O visual é bom, tem umas cenas de ação bem caprichadas, com movimentos de golpes bem animados, gerando algumas lutas até bem realistas. E por falar em visual, a abertura dá um show, muito bem montada e embalada com uma música excelente, formando a abertura que eu mais gostei nessa temporada. Só uma pena que ela dá alguns spoilers hehehe.
 A parte meio decepcionante realmente fica por conta das gangues, pois eu curto histórias de gangues japonesas e fui assistir esse esperando isso. Mas a real é que só parece um anime de gangues nos últimos episódios, onde uma trama muito interessante é montada, mas que tem um final um tanto fraco, o que me decepcionou um pouco.
 Pra quem procura um anime de gangues esse não é o título certo, mas pra quem quer ver um protagonista legal resolvendo problemas perigosos pelo bem de seu distrito, aí sim. Não é o que eu esperava, não é memorável, mas é um bom entretenimento, e eu assistiria uma continuação com certeza.
Nota: 7


Yuukoku no Moriarty

 Pra quem está cansado de ver as aventuras do Sherlock, aqui os holofotes ficam sobre o Professor Moriarty, o famoso arqui-inimigo do grande detetive, com capacidades intelectuais no mesmo nível, mas com uma visão de mundo muito mais sombria, o que significa que o Moriarty não se preocupa de infringir as leis para resolver os mistérios e punir os culpados, como plantar uma falsa prova para forçar uma confissão, or exemplo. Basicamente um anti-herói, ele tem sua própria visão de "ordem mundial", e é isso que traz questões bem interessantes para a série. Se um cara mata alguém, não seria justo ele ser punido da mesma forma? Por que o pobre é o primeiro suspeito de um crime? Essas e várias outras questões que ele aborda são coisas que muitas vezes nos perguntamos na vida real, então essa série acaba mexendo um pouco com a nossa moralidade. 
 A série segue o formato de casos por episódio, ao mesmo tempo que desenvolve o Moriarty e seus irmãos. O formato funciona bem, apesar de que rola aquilo de que uns casos são bem interessantes e outros nem tanto. Uma coisa que me incomodou um pouco é que mais para o final da série surge um novo personagem e a série acaba dando tempo demais pra ele, sendo que o Moriarty acaba até sumindo por um tempo, o que é uma pena, pois um dos maiores incentivos pra assistir a série é justamente seu excelente protagonista que é diferente e interessante.
 O visual é bem caprichado, o design de personagens lembra bastante Psycho-Pass (tanto que o Moriarty é a cara do Shogo Makishima), pois o ilustrador do mangá é Hikaru Miyoshi, o mesmo que fez as ilustrações para a versão mangá de Psycho-Pass, e que tem um traço absurdamente parecido com o da Akira Amano (há uma lenda de que Miyoshi é na verdade uma identidade secreta da Amano, mas vai saber). Há um grande cuidado nas expressões dos personagens, e a animação é muito bem feita no geral.
 É um bom anime de mistério e questões morais. Mesmo que algumas decisões como o breve sumiço do protagonista tenham me incomodado, a série conseguiu prender minha atenção. A violência física e psicológica pode assustar alguns, mas pra quem não tem problema com isso é uma boa pedida para assistir algo que requer um pouco mais de atenção e reflexão. Uma continuação já está confirmada e eu com certeza vou assistir!
Nota: 8


Kimi to Boku no Saigo no Senjou, Aruiwa Sekai ga Hajimaru Seisen

 Lá vem mais um anime que se aventura no território de Romeu e Julieta!
 Kimisen (ainda bem que existe esse nome resumido!) apresenta um mundo que está dividido entre um império cientificamente avançado e um reino de bruxas. Aí temos um protagonista de cada lado, o cavaleiro Iska (ou pseudo-Kirito) do lado do Império, e a bela Aliceliese (ou Alice pra simplificar) do lado das bruxas no reino de Nebulis. Os dois são forças decisivas para seus exércitos, mas acaba que após um encontro tumultuado rola uma paixão entre os dois, aquela famosa paixão proibida.
 Ok, basicamente um Romeu e Julieta em um cenário fantasioso sci-fi com uma baita pegada politica/militar. Poderia ser bem legal e interessante, mas é chato, é bem chato. Começando pelos personagens, que eu só consegui gostar da empregada/guarda-costas Rin, pois de resto não deu. A Alice te um visual show demais, e eu adoro bruxas e personagens que usam poderes de gelo, então ela tinha tudo para eu adorá-la, mas não rolou. Eu sinto que já vi milhares de personagens com a personalidade indecisa e sem gracinha dela, e eu não tenho mais muita paciência com essas personagens completamente indecisas. Ela é badass no combate, mas fora de combate fica apagada. Já o Iska é basicamente uma versão alternativa do Kirito de Sword Art Online, um personagem que eu já não gosto, então por tabela acabo não gostando do Iska. O elenco de apoio também é fraco e cheio de clichês que não funcionam, incluindo personagens que possuem patentes militares que não fazem nenhum sentido, como a comandante Mismis Klass, que é uma das piores personagens e que claramente não é capaz de exercer seu cargo. Os vilões também não ajudam pois ficam completamente envoltos em mistério, e as motivações deles não parecem fortes, então esquecê-los se torna algo automático.
 Acho que a pior parte é que o romance, que deveria ser um ponto forte segundo a premissa, é muito ruim. É aquele já famoso e irritante romance que não sai do lugar que acontece em inúmeros animes, que eu chamo de romance-não-romance. Todas as cenas entre a Alice e o Iska é sempre a mesma merda, ficam cheios de indecisões e frescuras e não chegam em lugar nenhum.
 A parte visual até se esforça, em alguns momentos temos animações bem caprichadas, gerando boas cenas de ação. E alguns designs são bem legais, como o da Alice e algumas máquinas bem estilosas.
 Kimisen é um anime bem esquecível que não traz nada de novo e usa clichês de uma forma muito pobre. Tem alguns visuais bacanas mas que não salvam um enredo fraco e personagens sem graça. Não é a pior coisa que eu assisti, mas certamente não valeu o tempo investido, e eu com certeza não assistira uma continuação. Se você gosta do tema de Romeu e Julieta e procura um anime desse tipo, deixe Kimisen de lado e invista seu tempo em Kishuku Gakkou no Juliet que é infinitamente mais divertido e interessante.
Nota: 3


Majo no Tabitabi

 Aah, do pior para o melhor!
 Essa é a jornada da Elaina, uma garota com aptidão mágica que vai treinar com a excêntrica (e lindíssima) bruxa Fran, tornando-se a "Bruxa Cinzenta" e partindo em uma jornada pelo mundo fantástico da série, com a intenção de conhecer os pontos mencionados em seu livro favorito.
 E é a partir daí que começa o que pra mim foi o anime mais surpreendente da temporada. Eu adorei o primeiro e o segundo episódio, onde pra mim ficou estabelecido que seria uma história colorida e agradável sobre a jornada de uma jovem bruxa adorável. Mas aí, vem o episódio 3 e dá-lhe tapa na cara da sociedade, mostrando que o mundo da bruxinha não é tão colorido assim! E a partir desse momento podemos esperar de tudo, então o que já era interessante fica ainda mais, e eu curti cada momento dessa road trip mágica, o que me gera um dos maiores arrependimentos do ano que é não ter conseguido disponibilidade para comentar os episódios da série semanalmente, pois tinha tanto assunto ali flutuando, mas tanto assunto, que renderia matérias bem recheadas e divertidas (e eu ia poder tietar a Fran direto no blog hehehe).
 A protagonista é maravilhosa, tem carisma, tem personalidade, e tem um design muito bacana. E é legal que ela não é uma grande heroína salvadora, ela é simplesmente uma jovem bruxa viajando pelo mundo, ela tem seus momentos altruístas, mas também tem seus momentos mesquinhos, faz escolhas certas e erradas. Elaina está longe de ser perfeita, e isso torna a personagem muito mais humana. Vale destacar a atuação da Kaede-chan (Kaede Hondo), que mostra aqui uma clara evolução em sua carreira, e inclusive há um episódio onde Elaina interage apenas com suas personalidades e a Kaede-chan basicamente dubla o episódio inteiro sozinha de forma magnífica! A Elaina conhece várias pessoas ao longo de sua jornada, mas alguns dos personagens se tornam fixos, e esse elenco de apoio funciona muito bem, principalmente na figura cômica da bruxinha Saya, que acompanha Elaina em algumas aventuras, e na figura mentora da bruxa Fran (eu já disse que ela é linda?), que é chave para a história da Elaina.
 O visual é lindo e as paisagens são muito agradáveis. A animação funciona bem nos momentos pirotécnicos e quando a Elaina faz manobras em sua vassoura. Mas vez que outra há uma pequena inconsistência na arte, nada que atrapalhe.
 A trilha sonora ajuda muito na imersão, com o tom certo de fantasia. Adorei a abertura, mas mais ainda o encerramento, que tem um visual simples mas com uma ideia artística muito boa, além da música que é a minha favorita entre os encerramentos da temporada.
 O formato de contos funciona muito bem e eu já tenho alguns favoritos marcados na minha mente. É legal ver como diferentes pontos desse mundo amarram uma pequena história de fundo, podemos ligar os pontos para entender que o livro da Elaina tem uma história muito mais próxima dela do que se esperava. O final é bem maluco, e quando a coisa acalma ficam alguns ganchos que podem gerar uma continuação para essa história, que eu torço para que aconteça.
 É difícil categorizar Majo no Tabitabi em gêneros, pois ele usa fantasia e aventura como base, mas por ser apresentado em contos, cada um apresenta um gênero condizente com sua história. Temos ação em "Uma Princesa Sem Súditos", temos uma dose de horror em "Uma Garota Bela como as Flores", drama e tensão psicológica em "Felicidade Engarrafada", comédia em "A Garota que Pisava em Uvas", e por aí vai. É uma série que por apresentar contos em diferentes pontos de seu mundo com diferentes culturas e histórias, naturalmente a deixa com uma variedade de gêneros. E é por isso que eu acho muito errados os comentários que dizem que a série é bagunçada, sem identidade, ou que não sabe o que quer ser. Eu acho que algumas pessoas não se esforçam para tentar entender a proposta de alguns animes, e quando surge um formato diferente acabam fazendo críticas sem sentido apenas pela vontade de reclamar. Ninguém é obrigado a gostar, mas entender é fundamental. Majo no Tabitabi é sim uma salada, mas pensa naquela salada de frutas bem feita e gostosa, onde cada um daqueles sabores tão diferentes estão ali para gerar diferentes experiências de uma só vez mergulhadas em uma calda refrescante que harmoniza tudo. Simplesmente o melhor anime da temporada, e um dos melhores de 2020.
Nota: 10


Kuma Kuma Kuma Bear

 Expectativa é uma coisa complicada!
 Kuma Kuma Kuma Bear acompanha Yuna, uma garota que tudo que faz da vida é jogar video game. Certo dia, ocorre uma atualização no VRMMO que ela joga, e com essa atualização ela recebe um traje de urso bizarro, mas absurdamente poderoso. No começo ela hesita em trajá-lo por ser um tanto vergonhoso, mas depois que ela percebe o quanto pode se divertir com seus poderes quase infinitos, ela não quer mais saber de tirar seu traje ursino. E assim ela começa uma aventura overporwer!
 Premissa bem maluca e engraçada, algo que me atraiu bastante, e logo pelos trailers eu já tinha gostado da protagonista e do fato que ela não tem a voz de menininha que a gente espera ouvir quando olha pra ela hehehe. Assisti o primeiro episódio, beleza, exatamente o que eu queria assistir. Uma aventura engraçada e bizarra, com bastante personalidade e um visual agradável. Mas aí veio o episódio 2 e plantou uma sementinha da discórdia na minha mente. Surgiu uma garotinha chamada Fina, transbordando "moe" com uma aura fofinha demais, mais do que eu esperava na minha comédia bizarrinha, mas ok. Só que aí veio o encerramento pela primeira vez, excessivamente fofinho, e já deixou claro que Fina seria uma das protagonistas da série, e isso me preocupou. Porém, aí chegamos no fantástico episódio 3, que me fez dar gargalhadas e me fez querer que todos os inimigos no mundo se chamassem Deborane. E acho que pra mim a série podia ter encerrado nesse episódio, pois depois focou fortemente na interação entre a Yuna e a Fina e a fofisse tomou conta total! Ok, temos um que outro momento de destaque e uma que outra piada pontual. Em alguns momentos foi abordado até o assunto de desigualdade social de uma forma muito boa, em um episódio realmente bom, mas como eu disse, foi um dos poucos momentos realmente interessantes pra mim no meio do mar de fofisse e calmaria. E acho que eu encontrei a palavra certa, calmaria! Depois que começa a amizade com a Fina a aventura basicamente para, a Yuna fica instalada em uma moradia e ali acaba minha expectativa de ver ela se aventurando pelo mundo e combatendo monstros e sendo engraçada e esquisita, pois a calmaria toma conta. Chegou um ponto que pra mim a maioria dos episódios pareciam iguais, se tornou meio que um anime de cotidiano, e eu não entrei em Kuma Bear pra ver um anime de cotidiano. Pior que eu sei que não é um anime ruim, mas ele se desviou tanto da minha expectativa de comédia/aventura que eu acabei meio decepcionado, talvez se eu tivesse pesquisado um pouco mais sobre a série antes de assistir a coisa teria sido diferente.
 A protagonista é o grande destaque. Ela é carismática, divertida, e tem um visual bem marcante. O fato de ela ser overpower é usado a favor do enredo, sem parecer que é algo que tira a graça de tudo (como acontece em Overlord), e há até um certo momento em que ela realmente precisa se esforçar. E eu achei legal que no fundo a Yuna é realmente uma heroína que luta pelos fracos, e vai com tudo contra a injustiça.
 Quem for assistir Kuma Bear esperando os temas de Isekai vai quebrar a cara tanto quanto eu quebrei esperando uma comédia/aventura. A Yuna definitivamente não está presa ou perdida no jogo, e o fato de isso ser um jogo é completamente irrelevante para a trama, tanto que é um pequeno detalhe mencionado apenas em dois episódios, no primeiro e no último. Acho que o autor da novel usou esse pano de fundo só para explicar o inexplicável aparecimento do traje de urso pra Yuna hehehehe. 
 Kuma Bear é um anime bonitinho que deve agradar quem busca algo mais fofinho e descompromissado com um toque bem leve de aventura e umas pitadas de comédia. Uma segunda temporada já foi confirmada, e apesar de eu ter achado um anime ok, não sei se teria paciência de assistir, se bem que dessa vez eu iria com a expectativa certa. Mas acho que eu prefiro reassistir o episódio 3 mais 12 vezes hehehehe. O lado bom é que pode ser que explorem mais o lado jogo do negócio e o motivo da Yuna preferir passar seus dias ali do que no mundo real.
Nota: Não sei! Só o episódio 3 já faz ser mais que 5. Talvez 6, ou talvez 7. Sei lá, esse deu um nó na minha mente, malditos Deboranes 😝


Munou na Nana

CONTÉM SPOILERS!!!
 Ok, a sinopse me enganou. Acho que enganou todo mundo que não conhecia o mangá.
 O mundo de Munou na Nana foi atacado por seres conhecidos como "Inimigos da Humanidade", e para enfrentá-los, pessoas conhecidas como "Os Talentosos", jovens com super poderes, são treinados em uma escola especial. Aí a sinopse nos diz que o protagonista, Nanao, é um garoto sem poderes que entra nessa escola, e realmente no começo do primeiro episódio ele passa como o protagonista. MAAAAS, a gente acaba descobrindo depois que a o Nanao tem sim poderes, e que a aluna nova, Nana, que diz ter poderes de ler mentes, é uma farsante que não tem poderes. Pior ainda, ela é uma assassina que está na escola para matar todos os Talentosos! E olha mais spoiler: ela mata o Nanao logo de cara, e ela é a protagonista da porra toda! FDP!
 De fato, essa virada logo no primeiro episódio é muito interessante e dá bastante vontade de continuar assistindo, e eu realmente fiquei curioso pra ver o que viria pela frente. Mas eu encarei um probleminha logo de cara: não simpatizei com os personagens. O único que eu curti foi o Kyouya, o cara que tenta desvendar o mistério sobre as mortes na escola.
 O anime que parecia que seria uma escola de super heróis se mostrou um "mistério reverso", onde nós já sabemos quem é a assassina e a curiosidade fica em como ela vai driblar os poderes de cada Talentoso para assassiná-lo, ao mesmo tempo que tenta evitar as suspeitas do Kyouya, alguém que ela simplesmente não tem como tirar do caminho. É algo que lembra um pouquinho Death Note, onde também há essa treta de gato e rato com um protagonista assassino, mas sem a mesma profundidade e filosofia, e com uma protagonista que passa longe de ser interessante como o famoso Kira. A real é que não há motivo para gostar da Nana, e não é por acaso que acabei gostando bem mais do Kyouya e torci por ele 100%. A Nana só se torna uma personagem um pouco mais envolvente no último arco da série (lá pelo episódio 11 de 13), onde finalmente é apresentada uma parte de sua motivação, mas acho que isso chega tarde demais, a coisa já está em um ponto que não dá mais pra simpatizar com a Nana. Esse tipo de personagem que desafia questões morais precisa ser desenvolvido no começo, ou não funciona direito. Bons exemplos são o já mencionado Kira do Death Note, e o Moriarty ali de cima. Outro problema de Munou na Nana é que parece que o Kyouya é o único na escola que tem um cérebro, pois os outros personagens parecem muito burros, parece que agem como se ninguém estivesse desaparecendo/morrendo e continuam com a guarda baixa. 
 Esse começou muito bem, mas foi perdendo um pouco a graça ao longo dos episódios, dando uma revigorada apenas nos últimos episódios. Acho que a virada inicial deu um hype maior do que deveria hehehehehe. Foi bom, mas eu esperava mais, algo que eu espero que seja mais desenvolvido em uma possível continuação, ainda mais que o último episódio terminou completamente aberto. Vamos ver se vem mais por aí.
Nota: 7


 E assim encerramos a temporada de outono 2020! Dessa vez até que não atrasou! E dessa vez o maldito vírus não atrapalhou a grade de apresentação dos animes. 
 As continuações que assisti conseguiram manter a qualidade, e as novidades foram interessantes em sua maioria.
 O saldo final é positivo. Vi apenas um que não gostei, e dois que me deixaram meio indeciso hehehe. Vi mais combatentes de incêndios, um romance bem açucarado, uma caça ao tesouro cada vez mais profunda, batalhas de raps, ginástica empolgante, um resolvedor de problemas bem maneiro, um gênio anti-herói, uma versão fraca de um Romeu e Julieta, a jornada maravilhosa de uma bruxa, o extermínio de Deboranes, e um mistério reverso. Curti a temporada! 

 Dos que eu estava assistindo e seguem para a próxima temporada estão Hanyou no Yashahime, que está bem legal apesar do visual inconsistentes, Jujutsu Kaisen, que está show, e Shingeki no Kyojin, que está político demais pro meu gosto mas ainda assim bem interessante.


Aah, quem não fica feliz vendo a Professorinha Fran? 😍😍😍

2 comentários:

  1. Até estava de olho em Majo no Tabitabi, mas deixei escapar. Talvez ainda dê tempo de ver. E pelo que entendi, vai pelo estilo "omnibus" com episódios isolados, até de gêneros diferentes variando do drama para a comédia. Mas seguindo uma história. Para quem está acostumado com Ultraman é fácil de assimilar esse tipo de formato. Vi muitas referências boas para Majo no Tabitabi e muita gente gostou.

    Tem professora na jogada? E é essa?! Estou dentro! Vamos lá!

    Por outro lado vejo muitos que tinham uma boa premissa, mas foi desperdiçada. Só de ler o primeiro parágrafo de Munou na Nana já fiquei com vontade de assistir... mas passou depois de ver que o desenvolvimento é fraco, assim como as personagens. De só ter um motivo de torcer para a "protagonista" só lá no final.

    Já Moriarty parece ter desenvolvido melhor essa parte, com o anti-herói que não escolhe meios para alcançar seus objetivos. Dá até um pouco de catarse ver um bandido se dando mal, mas esbarrando em questões morais fica aquilo de pensar se foi melhor assim mesmo. Não que o Moriarty pareça se importar, mas... E realmente não entendi por que colocar os holofotes em outro personagem em uma série curta. Se fosse em uma segunda temporada eu entenderia, só que agora me soou sem sentido.

    Kuma Kuma Kuma Bear parecia ser bem isso mesmo: uma comédia louca e bizarra, mas então esse também desandou. Que pena... ou não. Parece que tem algo que se salva, mas não sei dizer. Talvez seja bom dar uma checada antes, ao menos nos três primeiros episódios. Pode ser uma tremenda trollagem dos produtores do desenho para tentar furar a "regra dos três primeiros episódios para ver se é bom". E aí a coisa acelerar na segunda temporada... Bom, não sei.


    Show Hayami fazendo Rap...

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    Respostas
    1. Grande Usys!

      Majo no Tabitabi é o que mais vale o tempo investido! O formato é dessa forma que você está pensando mesmo, e funciona muito bem. Quem já está acostumado com o formato aproveita ainda mais.
      A Professorinha Fran é puro amor! Pena que ela não aparece muito. Mas mesmo com menos tempo de tela ela ainda brilha!

      Munou na Nana é legal, mas realmente poderia ser melhor, principalmente por parte da protagonista. A ideia inicial acaba sendo melhor que o andamento da série.

      Pro Moriarty o importante é usar o método que seja mais eficaz e definitivo hehehe. Alguns casos passam exatamente essa ideia de querer ver o bandido sofrendo, algo que a lei não é capaz de realizar. Eu até entendi o motivo de mudarem um pouco o foco para outro personagem, pois é um personagem bem importante, mas também acho que isso poderia ter ficado para uma segunda temporada, deixando a gente aproveitar mais o Moriarty nessa primeira.

      Kuma Bear causa um caos nas emoções hehehehe! Brabo de ver três episódios é que quando se assiste o terceiro acaba querendo que todos sejam como aquele, que é bom demais. Como a parte com a Fina parece ter ficado mais concluída, acho que em uma segunda temporada vai dar pra focar em outras coisas, e isso deve melhorar a série, mas vai saber...

      Show Hayami fazendo rap é praticamente o grande evento do ano XD

      Wakanda Forever!

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