Temporada de Inverno 2020: A Conclusão

Ola povão louco!

Com mais uma temporada encerrada, chega "A Conclusão"! Quadro onde dou meu parecer sobre os animes que assisti na temporada que acaba de fechar, comentando o que achei das séries e se acho que vale a pena assistir, e também dou uma nota marota de 0 a 10 (basicamente mini reviews). Aqui reúno os animes que terminaram nessa temporada, então aqueles de 24/25 episódios que começaram na temporada anterior estão na matéria, e os de 24/25 episódios dessa temporada que continuam na próxima vão estar na matéria da próxima temporada.
E sim. Demorei pra caramba novamente 😅

Rikei ga Koi ni Ochita no de Shoumei shitemita.

 Eu sabia que dava pra confiar na Michiko Yokote! Eis mais uma boa comédia na lista de trabalhos dela. RikeKoi, como ficou conhecida essa série, acompanha uma turma de cientistas onde dois deles, Ayame Himuro e Shinya Yukimura, se apaixonam, e como os bons cientistas hardcore que são, resolvem pesquisar o que é o amor e quais são as explicações científicas por trás disso. Pois é, uma proposta bem criativa e que rende várias cenas engraçadas e explicações complicadas.
 Os personagens são ótimos, o casal protagonista é hilário e tem ótima química. O mais engraçado é que eles são extremamente inteligentes, mas quando começam a falar sobre os sentimentos eles parecem uns idiotas. O elenco de apoio também funciona bem, tem a garota inocente que funciona como os olhos do expectador, a falsa loli que sabe tudo, e o bad boy que não é tão bad boy assim. O design de personagens é ótimo e ajuda a manter os personagens na cabeça.
 Talvez a parte que possa desanimar alguns é que às vezes os personagens falam coisas muito complicadas, cheias de cálculos e outras informações para os dotados de grande QI, e quem é mais devagar (tipo eu) pode ficar meio perdido no meio de tudo isso. E tem um carinha chamado Rikekuma que às vezes aparece para dar algumas explicações científicas, mas como ele fala de uma forma "kuma" acaba ficando meio complicado de entender também.
 O enredo funciona bem e cada episódio estuda algo de amor e relacionamento, trazendo sempre uma discussão diferente, o que mantêm a coisa bem dinâmica. O episódio do encontro é simplesmente hilário! Mas também á o lado mais bonitinho, pois o casal protagonista é apaixonado mesmo.
 Com certeza é uma ótima pedida para quem procura uma comédia diferente. Eu adorei e com certeza gostaria de ver mais zoeiras e pesquisas dessa galerinha inteligente, mas tem que ter a mão da Michiko Yokote, lógico. E também gostaria de ver figuras da Himuro (linda demais!) e do Yukimura!
Nota: 9

Eizouken ni wa Te wo Dasu na!

 Eizouken é claramente uma carta de amor ao mundo da animação! Aqui temos três garotas, a criativa e perfeccionista Midori Asakusa, a avarenta Sayaka Kanamori, e a popular Tsubame Misuzaki. Certo dia elas juntam forças e montam um clube de animação na escola (apesar de não ser oficialmente um clube de animação), juntando as mentes criativas de Asakusa e Misuzaki e as perícias e malandragens administrativas e marqueteiras de Kanamori. E daí começa a aventura delas para criar as mais loucas animações, em um mundo regado de paixão pela arte e muita zoeira.
 As personagens conquistam rapidamente. Asakusa é cheia de paixão pelo que faz e sempre dá tantos detalhes sobre seus trabalhos que a gente acaba completamente imerso na série por conta dela. Kanamori tem personalidade forte, é malandra e carrancuda, e é a responsável por manter tudo nos trilhos, pois sem ela com certeza não teria a série, então é é possivelmente a melhor personagem. Já a Misuzaki tem ideias interessantes e bastante carisma, mas não é tão interessante quanto suas parceiras. A interação entre elas funciona muito bem, Asakusa e Misuzaki tem muita química pois suas paixões batem, e a Kanamori dá aquela liga adicional encaminhado as ideias delas para a parte prática. Os debates entre elas são sempre muito interessantes, e engraçados quando a Kanamori começa a xingar geral.
 Acho que o grande ponto forte de Eizouken é que ele pega em algo que todos nós que assistimos animes gostamos, animação. Quem nunca imaginou seus próprios animes, seus próprios personagens, e seus próprios designs? Talvez não na vida adulta, quando nossas cabeças estão cheias de preocupações, mas todo mundo quando criança já imaginou seus mundinhos, e Eizouken apresenta pessoas que levam isso adiante e tratam de transformar essas ideias em obras animadas. Ao assistir a série dá pra ter uma noção de como começa a carreira de um animador, como muitos estúdios de animação são formados, como começa essa coisa de animar as ideias, como é o processo criativo, e como são as pessoas que fazem isso. E eu imagino como deve ser legal para a equipe de produção do anime fazer algo que é basicamente sobre eles.
 O enredo é simples e funciona bem, apesar de que vez ou outra parece meio travadinho, mas as interações das personagens mantêm sempre interessante e divertido. O visual bem cartunesco é excelente e funciona perfeitamente com a proposta da série, e as partes que apresentam um anime dentro do anime são muito bem pensadas. A trilha sonora tem alguns destaques interessantes, como a música tema dos momentos criativos e a maravilhosa abertura que é simplesmente viciante.
 Então está aí mais um "anime de bastidores" excelente, que consegue ser informativo e ao mesmo tempo engraçado, e ainda tem o mérito de ser envolvente. Recomendo que todo mundo dê uma chance a essa ótima obra, mesmo que não goste muito à primeira vista, fique pelo menos até o épico episódio 4, que pode mudar completamente sua impressão.
Nota: 9

Mugen no Juunin: Immortal

 Brutalidade não faltou nessa nova versão! Bem, acho que todo mundo conhece Blade of the Immortal, então vamos direto ao assunto. Essa nova série é legal, é brutal, tem lutas fodásticas, mas tem alguns problemas. É tudo muito apressado, eu nunca li o mangá mas percebi que coisas foram deixadas de lado, e os leitores do mangá confirmaram que pularam muita coisa. O outro problema é que há um excesso de personagens, o que torna impossível saber o nome de todo mundo, apesar de que muitos deles não vivem por muito tempo hehehe.
 Apesar da história meio cortada, dá pra entender bem e no geral é legal, eu curti o que vi. Tem apenas um arco (o do "estudo") que achei bem chato. Então é uma boa série de ação, com violência extrema e boas lutas. E sim, muita gente vai achar a Rin uma inútil.
Nota: 7

Itai no wa Iya nano de Bougyoryuku no Kyokufuri Shitai to Omoimasu.

CONTÉM SPOILERS!

 Esse não é um isekai, mas pelo título gigante você já sabe que é baseado em ligh novel hehehe. Em "BOFURI" acompanhamos uma garota chamada Kaede Honjou (coincidentemente interpretada pela Kaede-chan "Kaede Hondo"), que detesta sentir dor, e quando sua melhor amiga a convence a jogar um MMO de realidade virtual, ela bota todos seus pontos em defesa para evitar a dor, e isso gera uma personagem chamada Maple, que é bem diferente do normal.
 É uma premissa engraçada, a garota ter uma defesa incrível mas ser péssima em todo o resto. Mas é aí que vem o problema, as dificuldades dela se resumem aos dois primeiros episódios, depois o fato de ela ter atributos como força e velocidade no mínimo não significam nada, então boa parte das piadas já se perde logo no começo, e no lugar entram as aventuras de uma personagem ridiculamente overpower, pois a Maple pode derrotar absolutamente tudo e todos no jogo sem sofrer dano. O bagulho fica tão fora de controle que até mesmo os personagens da série começam a falar que ela precisa ser nerfada, o que infelizmente não acontece. E aí você se pergunta qual é o motivo de ela formar um grupo, já que ela pode resolver tudo sozinha...
 Ok, essa foi a parte ruim, mas tem coisa boa na série sim. O começo é muito bom, a primeira grande luta da Maple termina de forma completamente imprevisível e engraçada. O visual é legal, agradável, e tem até uma que outra luta bem legal. Os designs de personagens também são interessantes. E o enredo, apesar de focar em algo que acaba não sendo muito legal, tem uma construção de universo interessante, e tem muita coisa de jogo mesmo, o que agrada quem curte games.
 No geral, é uma série que tem pontos positivos, mas acaba escorregando por se tornar extremamente previsível com uma protagonista que supera todos os desafios cedo demais. É uma comédia bem mediana, assistível, mas esquecível. Confesso que continuei assistindo mais por meu carinho pela Kede-chan, mas não sei se terei paciência para acompanhar a já confirmada segunda temporada.
Nota: 5

Oda Cinnamon Nobunaga

 Esse anime teve Primeiras Impressões

 Esse conseguiu se manter bem fiel a sua proposta, e eu estava enganado sobre os episódios de 24 minutos, pois eles foram muito bem preenchidos, teve conteúdo suficiente e as piadas funcionaram bem do começo ao fim. Talvez a parte do Mitsu seja a única que acaba perdendo um pouco a graça ao longo do tempo, não que seja chato, mas ele se torna bem previsível. Mas de resto é só alegria, os cachorros são muito engraçados e as interações entre eles são bem dinâmicas e divertidas, e até didáticas de um certo ponto de vista histórico. Acho que a parte mais divertida é a imaginação dos lordes sobre os tempos atuais, o episódio onde eles falam sobre como seriam as redes sociais nos tempos deles é hilário e com certeza a melhor parte da série.
 É uma série que entrega exatamente o que propõe, então mantenho minha opinião das primeiras impressões, é uma ótima pedida pra quem curte comédia e cachorros, e também curte história japonesa e como os japoneses zoam sua própria história. Só não digo que é um anime pra toda a família porque as partes de referências históricas podem ser um pouco complicado.
Nota: 8

Boku no Hero Academia 4th Season

 Pois é, mais uma excelente temporada de Boku no Hero, uma das melhores talvez. Curti muito os arcos, a primeira parte com o Overhaul dá bastante aflição com a forma como ele trata todo mundo, é um cara que você realmente quer ver detonado hehehe. Mas pra mim a melhor coisa que essa temporada apresentou foi o Gentle Criminal! Que personagem legal! É uma pena que ele aparece tão pouco, mas o cara é tão bom que se tornou meu favorito instantaneamente, agora é torcer para ele aparecer novamente no futuro da série. E parece que agora em todas as temporadas temos uma batalha épica de um veterano! Mesmo quem não gosta daquele certo herói com certeza torceu por ele em sua emocionante batalha, bagulho foi fodástico! Boku no Hero realmente sabe como mexer com nossas emoções!
 As palavras do Deku no final da temporada deixaram aquela baita vontade de ver a continuação (que já está confirmada). Que venha mais! E tragam o Gentle Criminal de volta, malditos!
Nota: 10

Kabukicho Sherlock

 Esse tem uma premissa bem legal! Watson está procurando por ajuda para resolver um caso estranho, e assim ele acaba no distrito de Kabukicho, onde há um bar com vários detetives se reúnem para pegar trabalhos (muitos desses trabalhos bem bizarros por sinal). Watson acaba conhecendo Sherlock Holmes e após ver sua genialidade pede a ajuda dele, mas após alguns eventos eles acabam se tornando amigos e Watson passa a acompanhar o excêntrico Sherlock em seus casos, ao mesmo tempo que descobre os segredos de Kabukicho.
 É uma boa releitura do clássico detetive, e a ideia de reunir vários detetives que competem para resolver os casos mais complicados é ótima, fora que esses personagens são bem legais. O problema é que eles não são muito bem explorados. Tá certo que cada um recebe seu próprio episódio, mas a maioria acaba sumindo nos momentos importantes, dando a sensação que os personagens foram deixados de lado. Por outro lado, o Sherlock e o Watson conseguem carregar bem a série, essa versão meio maluca do Sherlock é muito legal, e o lance de ele explicar os detalhes dos casos na forma de Rakugo é genial, provavelmente o melhor ponto da série.
 O enredo funciona bem e boa parte dos casos é interessante, e a mistura de mistério e comédia ficou boa. Porém, eu não gostei do último arco da série, achei dramalhão demais, fora que acontecem algumas coisas terríveis e mesmo assim os personagens ainda querem passar a mão na cabeça do causador dessas atrocidades, o que deixa um ar meio forçado.
 É uma boa série, podia ser melhor, claro, pois escorregou em alguns pontos importantes. Mas é divertida na maior parte do tempo, é intrigante em vários momentos, tem bastante estilo, e garante umas boas risadas vez que outra (a curta participação do Sugita é muito engraçada). Então mesmo com os pequenos problemas acho que vale a pena assistir.
Nota: 7

Majutsushi Orphen Hagure Tabi

 É estranho saber que esse remake é bem mais fiel a novel, pois eu sinceramente achei esse bem inferior ao primeiro anime. O antigo parecia ter mais personalidade, e aproveitar melhor os personagens. Esse agora é muito focado no Orphen, e os outros acabam meio inúteis, a Cleo sequer usa suas habilidades de espadachim, ela basicamente só grita. E nessa versão o Hartia é quase inexistente, ele nem mesmo aparece como o herói mascarado, algo que era muito divertido na série anterior. Também senti falta do espírito de aventura. da outra série, onde muitas vezes parecia um jogo de RPG.
 A arte com certeza está melhor que a série antiga, mas esse novo perde em todos os outros quesitos. Recomendo assistir o antigo e deixar pra conferir esse só se bater muita curiosidade, pois é bem mediano.
Nota: 5

Runaway de Waratte

Esse anime teve primeiras impressões.

 O anime que é shonen com cara de shoujo foi bem mais shonen do que eu esperava! Teve toda a parada de rivalidades e não desistir nunca dos sonhos, só faltou ter lutas e torneios, mas aqui temos os desfiles, que fazem esse papel hehehe. E pior que esses desfiles são muito emocionantes, a sensação é a mesma de torcer para que o seu personagem favorito vença a luta, então a veia shonen de Runaway de Waratte realmente funciona, e o visual shoujo colabora muito para dar uma cara diferente para a série.
 Me surpreendeu que o Ikuto acabou com mais jeito de protagonista do que a Chiyuki, e acho até que o tempo de tela dele foi maior que todos os outros personagens, o que não é um problema, pois na real o Ikuto é o melhor personagem da série e o que mais traz a carga emocional para o expectador, e como cidadão brasileiro é fácil se relacionar com ele e sua origem humilde, que passa uma certa sensação de realismo que torna tudo ainda mais interessante. Já a Chiyuki é mais anime mesmo, inclusive nas caras que ela faz hehehe. Ela também foi uma ótima personagem, bem divertida e interessante, mas não tem a mesma carga emocional que o Ikuto. Os coadjuvantes funcionaram muito bem e alguns até roubam a cena em alguns momentos. A família Tsumura é um bando de pessoas agradáveis e cada vez que elas aparecem a gente quer que dê tudo certo pra elas.
 O enredo conseguiu se manter sempre interessante e dá até pra aprender algumas coisinhas sobre as passarelas e o mundo fashion, com seu lado bom e seu lado mais cruel. O visual dá uma que outra escorregada, mas no geral é bonito, principalmente nos momentos que mais importam.
 A série realmente foi muito boa, eu acabei gostando ainda mais do que eu esperava, e ao acompanhar o emocionante episódio 10 eu me dei conta do quanto eu estava muito mais envolvido com essa história e seus personagens do que eu pensava (sério, quase chorei com esse episódio). O último episódio deixa bons ganchos e os acontecimentos mostram que os personagens ainda têm muito pela frente, principalmente o Ikuto.
 Na real, nunca pensei que fosse me empolgar torcendo em um desfile de moda. Foi uma ótima experiência, e eu recomendo que todo mundo que curte anime experimente também, pois vale muito a pena! Só não foi o melhor anime da temporada porque Dorohedodo é uma força imparável hehehe!
Nota: 10


E assim encerramos a temporada de inverno 2020! Com hilários cientistas apaixonados, uma carta de amor ao mundo da animação, o retorno do imortal, Kaede-chan overpower, samurais caninos, mais super heróis, detetives malucos, o retorno do mago rebelde, a emoção das passarelas, e o caos de um mundo mágico e sujo!
 Pois é, foi mais uma temporada bem divertida! A overpower do escudo e o novo Orphen foram os únicos que me decepcionaram um pouco, mas mesmo assim não foram ruins. Haja diversão hehehehe!
 Dos que acompanhei dessa temporada de inverno somente Railgun segue para a outra temporada, sendo que esse vem passando por uma produção complicada. Aliás, complicada é a palavra certa para a atual temporada, algo que vou comentar um pouco em uma matéria que vem em breve.

Aaah, a Himuro mexe com meu coração 💓💕💖💗