quarta-feira, 14 de julho de 2021

Temporada de Primavera 2021: A Conclusão

 

 Olá povão louco!

 Com mais uma temporada encerrada, chega "A Conclusão"! Quadro onde dou meu parecer sobre os animes que assisti na temporada que acaba de fechar, comentando o que achei das séries e se acho que vale a pena assistir, e também dou uma nota marota de 0 a 10 (basicamente mini reviews). Aqui reúno os animes que terminaram nessa temporada, então aqueles de 24/25 episódios que começaram na temporada anterior estão na matéria, e os de 24/25 episódios dessa temporada que continuam na próxima vão estar na matéria da próxima temporada. E lembrando que os reviews apresentados aqui são apenas a porcaria da minha opinião, não sou nenhum crítico profissional 😝
 Os reviews que tiverem spoilers estarão marcados com o aviso, do contrário, o padrão é sem spoiler.



Koi to Yobu ni wa Kimochi Warui
 Vamos começar por um dos "polêmicos".
 Nessa história vemos que alguns gestos podem despertar fortes sentimentos. Ryo Amakusa é um homem jovem e bonitão que trabalha em um escritório, e que um dia andava distraído no metrô e logo se vê a beira de um grave acidente nas escadas. Porém, ele é salvo por uma estudante que consegue segurá-lo. A atitude e o tratamento gentil dela cativam Ryo, e mais tarde ele descobre que ela é Ichika Arima, a melhor amiga de sua irmã Rio Amakusa. O mulherengo Ryo logo tenta usar sua cafajestice para encantar Ichika, mas é rapidamente rejeitado, e é aí que Ryo percebe que Ichika é diferente de todas as garotas com quem ele já flertou, e é ele que acaba encantado. A partir daí, a série se desenrola com Ryo tentando incansavelmente conquistar Ichika, usando de charmes e cavalheirismos com os quais ele até então não estava acostumado, pois todas as conquistas em sua vida foram fáceis por causa de sua boa aparência.
 Acho que uma das primeiras coisas que tenho que falar sobre Koikimo é que muita gente reage a premissa da série de forma bem hipócrita, pois temos inúmeros animes por aí que botam garotas adolescentes de 14 a 16 anos (às vezes até mais novas) em situações sexualmente constrangedoras e passa como normal, pois é a "parte boa do ecchi". Mas aí uma premissa onde um cara de 27 anos se apaixona por uma garota de 17 é imediatamente tratada como coisa ruim, coisa errada, e outras descrições que atacam a série. Sendo que tal série em nenhum momento bota a garota em alguma situação de tensão sexual ou coisa parecida. Em nenhum momento o Ryo diz que quer "comer" a Ichika ou algo assim. No comecinho da série ele parece sim um stalker bizarro, mas em nenhum momento ele é agressivo ou põe pressão para a menina fazer algo que ela não quer, eu diria que é um "insistente carinhoso" hehehe. O assunto é tratado de forma leve, um cara realmente apaixonado que nunca tinha sentido tal sentimento, que foi mulherengo a vida inteira e não sabe como agir direito agora que encontrou uma garota que faz ele querer andar de mãos dadas e passar o dia em um piquenique no parque, ao invés de simplesmente despir ela na cama e no outro dia partir pra outra. E tem o lado da Ichika também, ela tem 17 anos, idade onde já estamos tomando nossas próprias decisões. Ela não é criança, e muito menos é ingênua. E o legal é que a série entra em todos esses pontos, é sim questionado o fato do Ryo estar apaixonado por uma garota mais jovem, e como isso pode ser mal interpretado pela sociedade, e essa é uma das melhores partes do desenvolvimento da série.
 A primeira metade dessa série de 12 episódios apresenta uma comédia com um humor bem bobão e que é engraçado pelas ações do Ryo, que expõe sua paixão falando coisas muito idiotas. E a segunda metade traz mais reflexões, ao abordar como a diferença de idade pode afetar os dois protagonistas caso eles decidam ficar juntos, e inclusive entram em cena uma dona e um garoto como interesses amorosos de ambos os lados para mostrar como as coisas podem ser muito mais simples se Ryo e Ichika escolherem pessoas de suas respectivas faixas etárias.
 Apesar do humor ser bom no começo, ele se torna meio repetitivo, e até previsível, pois já sabemos que ele se apoia 90% nas piadas do Ryo fazendo absurdos cavalheiristicos para conquistar a Ichika. Outro problema é que o visual é um tanto inconsistente, sendo que várias vezes os rostos e anatomias ficam estranhos.
 Os personagens são o ponto forte, sendo que os mais presentes têm bastante influência no desenvolvimento dos protagonistas e do enredo, principalmente a Rio, que é a ponte entre o Ryo e a Ichika. Mas é fácil gostar dos outros personagens, como os outros interesses amorosos que aparecem, o atencioso Tamaru e a adorável nerdotaku Arriety (minha favorita que eu gostaria que tivesse aparecido mais). E adorável também é o encerramento, com belas artes do mangá, e a música viciante "Rinaria", da dupla Maruritoryuuga que tem tudo pra ser uma das melhores músicas de anime da temporada.
 Koikimo tem seus problemas de ritmo e qualidade visual, mas é um bom entretenimento, consegue arrancar algumas risadas e consegue abordar um assunto complicado de forma delicada, sem forçar a barra. Vale citar que o mangá terminou logo antes do anime, então as duas mídias tiveram o mesmo final, que veja só, é um final com uma mensagem bem responsável. Não é qualquer autor que tem pulso pra escrever um final consciente e responsável no lugar de um final de conto de fadas, e ainda conseguir manter o contexto que foi desenvolvido ao longo da série!
Nota: 8


Jouran: The Princess of Snow and Blood
 Violência gera violência, que gera violência, e assim por diante!
 Jouran se passa em uma versão alternativa do Japão de 1931, onde a tecnologia e o misticismo se desenvolveram bastante. Nessa era, existem grupos que planejam atacar o governo, e para lidar com esse problema há um grupo de assassinos chamado Nue, que responde direto ao governo. Entre esses assassinos está a protagonista Sawa Yukimura, que vive em busca de vingança contra quem matou sua família, mas ela vai descobrir que essa vingança pode estar apontada para o lado errado...
 Acho que esse tinha bastante potencial, mas parece um tanto arrastado. E não só isso, algumas vezes é meio entediante. O que me fez começar esse anime foi simplesmente por ter achado a protagonista muito legal, e realmente, o estilo dela é bem legal, mas como personagem ela fica devendo bastante, então outros personagens precisam carregar a história no lugar dela. Sawa só se torna mais interessante a partir da segunda metade da série,  quando ela começa a questionar seus atos, e assim seu desenvolvimento finalmente ganha mais profundidade. Porém, esses questionamentos tornam a história bem triste, incluindo um final mega triste (e até meio decepcionante). Então acaba não sendo bem um anime para se divertir assistindo, mas a mensagem de que violência gera mais violência é interessante.
 O visual se destaca, com um traço bem característico e animação competente na maior parte do tempo, o que gera ótimas lutas. É bem legal que a Sawa usa um tipo de transformação para lutar, e nesse momento a arte muda para um estilo como se fosse feita com pincel, muito estilosa. Uma pena que tirando ela, os designs das outras transformações não são muito legais. 
 Eu esperava mais desse. Não foi ruim, mas demorou até ficar realmente interessante, e aí depois não terminou dos melhores (vale destacar que a cena pós-créditos pelo menos foi boa). Talvez a quebra de expectativa com a batalha final seja parte da experiência, mas não me agradou. Vale mais pelo visual, pois a história e os personagens não sustentam.
Nota: 5


Mashiro no Oto
 Shamisen é algo realmente hipnotizante!
 Mashiro no Oto acompanha Setsu Sawamura, neto de um grande mestre do shamisen, que o ensinou essa arte. Mas o avô faleceu, e suas últimas palavras para Setsu foram pesadas para o garoto, ele disse que se Setsu fosse tocar o shamisen apenas para imitá-lo, então ele deveria desistir do instrumento. Sofrendo do luto e do choque das palavras, Setsu se muda para Tóquio para tentar novos rumos, onde esse garoto do interior passa a conhecer um novo mundo. Motivado por novos amigos e desafiado por sua mãe, ele ingressa em um novo caminho do shamisen.
 Taí um que eu já cheguei com altas expectativas, e conseguiu prender minha atenção. O desenvolvimento é ótimo, botando em cena um protagonista que já é muito bom no que faz, mas que nem por isso fica sem desafio, pois ele pode ter talento, mas se ele ficar apenas copiando o avô ele nunca vai ser bom de verdade, nunca vai ter realmente um Setsu Sawamaura tocando o shamisen, e isso leva momentos bem intensos, incluindo dois episódios finais bem poderosos. 
 No lado dos personagens temos altos e baixos. O Setsu é um ótimo protagonista que tem alguns problemas de temperamento, ele é um pouco arrogante por achar que é melhor no shamisen, e vai precisar de muita disciplina ainda. O elenco de apoio tem personagens carismáticos, mas que não são tão bem desenvolvidos, e entre eles tem uma garota, Yui Yamazato, que parece meio deslocada. Sei lá, não dá pra entender bem qual é a dela, não sei se a intenção foi fazer uma personagem bipolar ou algo mais ou menos parecido, mas essa personagem acaba meio que saindo do realismo que a série tenta propor. Mas o bizarro é que ao mesmo tempo ela é divertida, vai entender. A parte da família do Setsu é um dos pontos fortes, com o irmão sendo um dos pontos de apoio para o protagonista, e a mãe sendo uma presença forte de desafio. Ao mesmo tempo que a belisíssima Umeko Sawamura é a mãe que incentiva o filho a ir mais longe no caminho do shamisen, ela também faz o papel de vilã tratando o Setsu de formas bem desgraçadas, sendo a megera do pedaço, e isso gera interações fantásticas e imprevisíveis entre os dois.
 Claro que temos que falar sobre as apresentações, que são magníficas. É tudo muito caprichado nas apresentações, desde a música até os detalhes dos shamisens. E essas apresentações são muito imersivas, uma em especial no episódio 4 faz você se sentir dentro da tela com os personagens, além de ser um momento muito emocionante.
 O problema é que Mashiro no Oto termina de forma completamente não terminada, então torna uma segunda temporada extremamente necessária. E como ainda não há confirmação de outra temporada, pode ser que acabe não acontecendo, o que seria bem frustrante. Mas de resto, Mashiro no Oto tem diversas qualidades que fazem esse um dos animes mais interessantes e imersivos da temporada. Pra quem gosta desse tipo de música tradicional então, é um prato cheio.
Nota: 9


Dragon, Ie wo Kau.
 As aparências enganam!
 Essa é uma história simples, mas bem original. Em um mundo de RPG, Letty é um dragão que foi expulso de casa por fazer besteira, então começa a procurar um novo lar. O problema é que todos os lugares que ele encontra são atacados por heróis e aventureiros, e apesar de Letty ser um "assustador" dragão, ele é um dos seres mais fracos de seu mundo, ele é tão patético que se tentar cuspir fogo queima a própria língua. Para encontrar o lar ideal, ele recebe a ajuda de Dearia, um elfo mago de poderes absurdos, que também é corretor de imóveis. E então os dois começam a rodar o mundo em busca do lar ideal para Letty.
 Eu não pensei que ia gostar tanto disso, pois parecia tão simples e bobinho. Mas ao longo que se vai assistindo, bate uma sensação de estar assistindo aqueles desenhos matinais que a gente assistia na infância, e é uma sensação muito agradável. E é bem engraçado, as piadas funcionam mesmo! Apesar da situação ser repetitiva com o Letty sempre descobrindo as dificuldades de seu possível novo lar, a surpresa vem com a variedade dessas dificuldades, e as figuraças completamente malucas que surgem para causar problemas ou "ajudar" o Letty. E a interação entre o Letty e o Dearia também contribui muito para a comédia, pois eles são extremamente opostos, enquanto o Letty é um fracote que está sempre amedrontado e inseguro, o Dearia está sempre calmo, tudo parece tão simples pra ele, e por isso ele acha que o Letty pode se adaptar aos ambientes mais absurdos, gerando cenas hilárias. Uma pena que uma certa personagem que também gera interações muito engraçadas com o Letty só aparece mais para o final, seria legal se tivesse mais tempo dela.
 O mundo de Dragon Ie wo Kau é muito simpático, cheio de cores e designs interessantes em sua simplicidade. É legal que ao longo da série surgem várias referências, incluindo uma de Monster Hunter que é ridiculamente engraçada. Também há pequenas participações de grandes dubladores que chamam bastante atenção.
 A trilha sonora é excelente e dá o tom certo para a ambientação, e vale destacar a abertura, com a fantástica música "Role-Playing" do sempre competente Masayoshi Ooishi. Vendo a lista de animes que assisti, posso dizer que essa é a música de abertura que eu mais gostei na temporada, pode não ser a melhor abertura no geral (montagem da animação), mas a música com certeza é minha favorita.
 Não é um anime para se esperar grandes acontecimentos, plot twists surpreendentes, e desenvolvimentos profundos. É simplesmente uma comédia bobona muito gostosa de assistir, como os já citados desenhos matinais da infância. É aquele tipo de comédia absurda que só os japoneses sabem fazer, mas que é simples e sem apelações. É diversão garantida para toda a família!
 Ah, e assista os episódios sempre até o final, pois sempre termina com umas "dicas imobiliárias do elfo" que são bem interessantes! Eu não sabia que lâmpadas de LED atraem menos insetos!
Nota: Eu achava que seria um 9, mas vendo bem, isso só me trouxe alegria, então é 10!


Sentouin, Hakenshimasu!
 Vilões também podem ser protagonistas!
 Nessa série um pouco maluca, o agente Roku-gou recebe uma missão especial da agência de vilões Kisaragi, ele deve se infiltrar no reino de um certo planeta influente, para assim aumentar as forças de sua agência. Para ajudá-lo, a agência envia a pequena androide Alice como sua parceira, que vai administrar seus equipamentos e seus "pontos de maldade" que ele acumula a cada ato vilanesco que realiza. O abusado Roku-gou consegue se infiltrar, mas ele não esperava ter que fazer trabalhos para o próprio reino ao lado de uma equipe bem maluca.
 Surpreendentemente, isso não é um ecchi, apesar de ter várias imoralidades engraçadas, algumas donas encorpadonas, e uma que outra cena safada, mas definitivamente não é um ecchi. É uma comédia de humor negro que embarca em uma montanha russa que vai lá em cima com piadas bem elaboradas (a maioria envolvendo a Alice) e vai lá em baixo com piadas de moleque bronheiro (a maioria envolvendo o Roku-gou). Isso significa que tem humor para abestados de todas as idades, mas também pode significar uma inconsistência de qualidade, dependendo do seu ponto de vista. Sinceramente, as piadas de moleque bronheiro do Roku-gou às vezes são meio moleconas demais e passam batidas, e outras vezes elas são tão inapropriadamente colocadas no pior momento possível que se tornam estupidamente engraçadas. Por mais que a piada seja simplesmente "botar o bicho pra fora" (se é que você me entende) ela ocorre em um momento tão fora da casinha que acaba sendo boa. Sim, bizarro. Já a parte da Alice é como se botasse um adulto pra comentar as piadas do moleque, e as piadas dela vem do fato de que ela ridiculariza as piadas do Roku-gou, e ridiculariza todo o resto das coisas absurdas que acontecem, e isso funciona maravilhosamente bem, ainda mais com a voz de tom cético da personagem. E ao mesmo tempo que ela ridiculariza, ela incentiva o Roku-gou a ser a pior pessoa possível, é muito bizarro e faz a Alice ser disparada a melhor personagem da série!
 O elenco de apoio com as três idiotas também é bom, cada vez que essas abestadas abrem a boca a gente constata mais e mais o quanto elas são idiotas, por mais que elas achem o contrário. Tem a bonitona que só quer saber de dinheiro e gasta tudo com armas inúteis de valores absurdos, a feiticeira que é a mais poderosa e ao mesmo tempo a mais fraca de todas e que tem um motivo inesperado para estar em uma cadeira de rodas, e a monstrinha faminta que fala coisas que o Roku-gou entende no sentido mais errado possível. Infelizmente, tem o lado ruim, que é a parte da agência Kisaragi, onde as personagens são mais de fetiche e não são engraçadas, inclusive, o episódio 10 é totalmente focado nelas, sendo o "episódio da piscina", e é facilmente o episódio mais chato da série, salvando apenas pelo plot twist no último minuto. 
 O visual sofre de frequentes inconsistências, ao mesmo tempo que os designs de personagens são bacaninhas, você nunca sabe quando eles não vão estar super deformados na tela, e a animação segue o mesmo caminho. Por outro lado, as caretas são hilárias, ainda mais combinadas com as excelentes interpretações dos dubladores.
 Sentouin é aquela comédia meio guilty pleasure, ao mesmo tempo que uns vão rir de seu humor negro, outros com certeza vão odiar, pois algumas piadas, como a moça na cadeira de rodas, podem acabar soando meio ofensivas. Mas é isso que o humor negro é, difícil. Pra mim, foi inconsistente, mas eu gostei na maior parte do tempo. Mas é aquilo né, eu faço parte dos abestados, apesar das piadas moleconas não serem do meu gosto, as idiotices no geral são, e só o momento Alice vs ritual demoníaco do episódio 7 já valeu a série toda 😝
Nota: 7


Seijo no Maryoku wa Bannou Desu
 Quem disse que aqui não tem isekai?
 Sei Takanashi é uma jovem trabalhadora que, em uma certa noite após voltar do trabalho, é transportada para o Reino de Salutania, em um mundo que vem sendo infestado por um miasma e busca pela lendária "Santa" que vai purificá-lo. Sei é transportada ao mesmo tempo que outra garota, e acaba completamente ignorada, pois o príncipe logo declara que a outra garota é a Santa e a leva sob seus cuidados, deixando a Sei ali como se fosse nada. Como a nossa charmosa protagonista não tem mais como voltar pra casa, ela acaba se estabelecendo como uma trabalhadora nesse mundo, lidando com herbalismo e alquimia. Ela acaba descobrindo que leva jeito pra coisa, e isso abra portas para ela conhecer novas pessoas e possibilidades nesse mundo fantástico.
 Esse é um anime para sentar e relaxar, e também, se você é uma pessoa adepta dessas coisas, shipar. Não há um grande drama a ser superado ou um antagonista para tocar o terror, no máximo há os monstros gerados pelo miasma, mas essas questões só se tornam relevantes nos últimos episódios. A proposta aqui é acompanhar o dia a dia e a autodescoberta da Sei nesse mundo, onde ela vive momentos bonitinhos e engraçadinhos aos montes, e conhece uns bonitões que vão balançar seu coração, apesar de passar longe de ser um harém reverso. A série é bem focada na Sei, mas ainda guarda um espacinho para desenvolver um pouco alguns personagens do elenco de apoio, como o cavaleiro Hawke, os colegas da Sei, a garota do mundo da Sei e o príncipe. Isso não é um problema, pois a Sei é carismática, linda e charmosa, então ter ela mais tempo na tela é algo bem agradável, mas desenvolvimento de personagens certamente não é um ponto forte da série, e como não tem bem uma grande trama para desenvolver, às vezes pode parecer que a série é bem paradona, o que pode perder parte da audiência que procura por algo mais dinâmico.
 A parte técnica se vira bem, os designs de personagens são agradáveis, a arte consegue se manter bonita. e a animação flui moderadamente bem, tem até uma que outra ceninha de combate que não são das piores. A trilha sonora ajuda muito a estabelecer o ambiente agradável, e a música de abertura "Blessing" da Aira Yuuki é muito bonita e vale umas boas escutadas.
 Então, Seijo no Maryoku certamente não é o anime que vai te deixar super empolgado e fazer você falar aos montes dele, mas certamente vai te fazer relaxar e espairecer um pouco. Um ótimo anime pra assistir antes de dormir, tirar os problemas da cabeça e ter um sono tranquilo. Anime também é terapia meu povo!
Nota: 7


Hige wo Soru. Soshite Joshikousei wo Hirou.
CONTEM SPOILERS
 Olha o outro polêmico aí!
 Em Higehiro conhecemos Yoshida, um trabalhador que acabou de se declarar pra sua chefe Airi (que é a dona mais lindona da série) e foi rejeitado. Voltando meio bêbado pra casa, ele encontra uma adolescente sentada no meio da rua, Sayu, que pede pra passar a noite na casa dele. O cara permite, sob a condição de que ela não insista em ir pra cama com ele, afinal, ele só tem interesse em mulheres mais velhas como sua chefe. No dia seguinte, quando o cara tá sóbrio, é que ele tenta entender porquê a Sayu está na rua. Apesar de ele não receber uma resposta muito adequada, ele fica com pena de largar a menina na rua, e assim permite que ela fique em sua casa até tomar coragem de voltar para seu próprio lar.
 Primeira coisa: Não. Não rola nada entre o Yoshida e a Sayu. No comecinho ela até se oferece pra ele, mas ele recusa e logo deixa claro que se ela continuar com isso vai botar ela pra rua. Então a barra tá limpa, Higehiro não passa dos limites. 
 O "romance" entre os gêneros do anime é por causa dos rolês amorosos do Yoshida com as donas que ele tem interesse, entre as quais a Sayu não está incluída. O que acontece entre os dois é que o Yoshida se torna uma imagem de pai para a Sayu, algo que chega a ser mencionado em alguns episódios, até os outros personagens apontam que ele se tornou como um pai pra ela, e a forma como ela busca a proteção dele em determinados momentos mostra que ela já passou a ver ele dessa forma também. Maaas aí vem o problema que contradiz tudo que vimos até então... SPOILERS DO FINAL... lá pros finais a Sayu resolve dizer que se apaixonou pelo Yoshida, o que é um dos pontos fracos do enredo e acaba desviando da proposta estabelecida ao longo da trama, que é o desenvolvimento dessa relação paterna. Achei isso uma mega vacilada, não só pela quebra de contexto, mas também por ir contra o que foi desenvolvido na história, e até mesmo ir contra as coisas que o próprio autor disse quando surgiram as histórias reais de caras que estavam convidando estudantes adolescentes para morar com eles. Sabe o que é pior? Os dois últimos episódios estavam ótimos! Foi só a Sayu falar aquela besteira e afundou tudo 😔
 Por mais lento que ele seja, eu comprei o desenvolvimento dos dois protagonistas. Gostei da interação do Yoshida com o pessoal do trabalho, incluindo as donas que são seus interesses românticos, e achei a história da Sayu convincente. Realmente dá pra entender o que fez a Sayu fugir de casa e ficar amargurada, pois presenciar um bullying fatal como ela presenciou e ainda ser destratada por uma mãe desgraçada é pra quebrar o otimismo de qualquer jovem. Então após ver o pior das pessoas e ser explorada por outros homens, encontrar o Yoshida que é um homem verdadeiramente bom, que a acolheu sem interesses e a protegeu, é uma baita virada na vida dela, ainda mais que ela não teve um pai. Só essa parada de ela não ter o pai já mostra como está lá a margem para o Yoshida ser essa figura, e é mais um dos motivos que faz a declaração no final estragar tudo.
 Não que fosse tudo perfeito até o final, pelo contrário, eu achei meio tedioso em alguns momentos, principalmente quando a história fica dando voltas demais. Apesar do desenvolvimento dos protagonistas dar resultados, ele dá voltas e voltas e demora pra realmente acontecer, e alguns personagens simplesmente mudam de comportamentos e ideias de forma muito repentina. A série só é envolvente mesmo a partir do momento que a Sayu conta a verdade. E mesmo assim ainda falta algo para gerar uma imersão, já que a trilha sonora não ajuda, pois é bem morna (o que é uma pena pois geralmente gosto do trabalho do Tomoki Kikuya). Mas vale mencionar que a arte é bem caprichada, e acho que deve ter gente que assistiu só por causa das donas, que são muito bonitas.
 Então, Higehiro acaba sendo bem mediano. É um drama com personagens com muito potencial, bons visuais, ideias ousadas e uma boa história de fundo, mas tropeça em momentos que não sabe bem pra que caminho ir, e cai de cara com um final que contradiz todo seu desenvolvimento. Geralmente evito comparações desse tipo, mas é bizarro ver que uma comédia boba como Koikimo conseguiu se virar muito melhor em seu próprio contexto do que o drama profundo de Higehiro.
Nota: 5


Nomad: Megalo Box 2
 Esse é um caso curioso, um daqueles animes que não é necessário mas é bem vindo. O primeiro Megalo Box fechou bem, não precisava dessa continuação, mas é aquela coisa básica, quem gostou do primeiro (como eu) com certeza vai assistir o segundo. E confesso que no começo eu fiquei preocupado, pois eu não gostei da desconstrução do Joe, parecia que tinham tirado todos os méritos que o personagem conquistou na primeira temporada. Mas devagarinho o desenvolvimento vai explicando o motivo disso, que é até bem convincente, ao mesmo tempo que vemos o Joe envolvido em uma nova trama que está trazendo essas memórias, e essa trama apresenta novos personagens bem interessantes, com um conflito que envolve imigração e preconceito. Apesar de ser meio arrastada, essa primeira parte funciona bem para estabelecer o drama e ao mesmo tempo dar uma dose de otimismo ao Joe que o motiva a seguir em frente e encarar seus fantasmas. E aí o brilho dessa continuação vem na segunda metade, quando tudo aquilo que gostamos na outra temporada volta com tudo, incluindo seu carismático elenco, que teve uma repaginada de visual show demais e apresentam um excelente desenvolvimento. Aquele espírito esportivo do primeiro volta para nos encantar novamente, e dessa vez temos uma figura vilanesca por trás dos ringues, gerando um conflito de ideais que funciona maravilhosamente bem, e ainda dá margem para a Yukiko travar sua luta corporativa enquanto os lutadores lutam no ringue, o que ajuda a mostrar a evolução da personagem após os eventos da outra temporada, onde ela era meio megera, e agora ela é uma empresária badass bem mais consciente. Isso é apenas um dos exemplos do fantástico desenvolvimento de personagens que essa série tem, pois se eu fosse citar todos dava pra fazer uma matéria só sobre isso, já que a turminha do Joe, aquelas crianças que agora são adolescentes, também têm participação importantíssima.
 Aquela sensação de "Rocky Balboa" também volta, ainda mais com o Yuri entrando em cena e rolando um coach no melhor estilo Rocky 3 (meu filme favorito da franquia). E a luta final também tem seu momento muito Rocky Balboa, mas sem spoilers hehehe. Tá certo que eu não gostei muito do final, mas entendi suas motivações.
 Vale muito a pena conferir essa continuação! É uma bela história de superação, humanidade, e otimismo, com um desenvolvimento de personagens exemplar. O começo pode ser meio chatinho e decepcionante pra quem curtiu os eventos do anterior, mas logo que se torna mais entendível te envolve de uma maneira que não larga mais. 
Nota: 9


Yuukoku no Moriarty 2nd Season
 Moriarty continua sendo um excelente personagem, agora ele está ainda mais complexo, e continua sendo o que tem de melhor no anime. Tem um episódio que mostra ele criança tocando o terror em um nobre que é simplesmente incrível, meu episódio favorito da temporada, fácil. Mas claro que não podemos esquecer as intrigas entre ele e o Holmes, que estão entre as coisas mais desenvolvidas, e funcionam bem, apesar de serem meio complicadas. Aliás, complicada é o termo certo para essa temporada, pois é necessário prestar bastante atenção, é uma piscada e pode perder um detalhe importante da trama, ainda mais que agora há muitas questões políticas em jogo, envolvendo muitos nomes, então perder um já pode confundir o entendimento da história toda. O curioso é que essa temporada tem muito mais ação, o que faria a gente pensar que ela seria menos complexa, mas acabou sendo o contrário.
 Agora temos a presença da Irene Adler, que eu senti falta na temporada anterior. E o arco focado nela tem vários detalhes da literatura de Holmes, mas com uma virada bem diferente no final que causa uma grande mudança na personagem. Apesar de entender o contexto dessa virada, eu não gostei, preferia que mantivessem a personagem como ela é.
 Outra coisa que eu queria que fosse mantido era o clima mais submundo da primeira temporada. Agora as coisas tomam proporções grandiosas, e eu preferia quando era mais fechado e sombrio. Tá certo que isso é reflexo das ambições do Moriarty e dá pra entender os motivos desses acontecimentos, então não estou desmerecendo a série, é apenas algo de gosto pessoal. Pra mim seria mais legal ter mais uma temporada focada nas intrigas do submundo e depois ter essa como uma terceira, com os acontecimentos grandiosos e fechando a série. Digo "fechando" porque tudo indica que esse foi o final mesmo, da forma como terminou não parece que vai ter continuação, apesar de que o mangá ainda está em andamento.
 Yuukoku no Moriarty 2 é uma ótima continuação para esse anime de intrigas complexas. Pra mim, teve mais baixos que a primeira parte, mas teve seus altos e conseguiu se manter muito interessante. Agora seria uma boa assistir tudo de novo para tentar entender pequenos detalhes que foram complicados demais 😅
Nota: 8
SPOILER (selecione para visualizar): Sobre a questão da Irene, ela é a única personagem feminina que faz algo de importante, a única relevante, e é uma personagem bem legal. Então, acho cagada ela deixar de ser mulher para assumir uma identidade masculina. No momento que ela se torna um personagem masculino perdemos a única personagem feminina que era importante (convenhamos que a Hudson não faz absolutamente nada). Talvez tenha sido uma tentativa de incluir representatividade na série, mas tinha formas muito melhores de fazer isso, sem perder a única mulher do elenco principal. E ela assumir a identidade de "James Bond" me pareceu uma tentativa de fanservice muito forçada. FIM DO SPOILER


Fruits Basket: The Final
 Chegamos ao final dessa jornada emocionante chamada Fruits Basket! E que jornada meu povo! Eu lembro quando via gente comentando como o mangá é maravilhoso, e eu não entendia pois a premissa não me chamava atenção, até que saiu esse novo anime e resolvi dar uma chance, e então entendi de onde sai essa paixão que tantos tem por essa história. É tudo feito com tanta atenção e bom desenvolvimento, e é tão absurdamente envolvente, que eu me tornei mais um dos apaixonados pela obra. E chegar nesse final é emocionante por ver o desfecho, e ao mesmo tempo triste por saber que vai deixar muita saudade. 
 Essa terceira e última temporada amarra as pontinhas que faltavam, aqui vemos como Tohru e Akito causaram efeitos opostos nas pessoas próximas a elas, mas como no fundo as duas se sentiam de forma parecida, culminando no emocionante "confronto" entre elas. E que baita personagem essa tal de Akito! Sim, ela pode ser detestável pelas atrocidades que cometeu, e é fácil odiá-la, mas isso é tudo fruto de uma baita construção de personagem. Você pode odiar ela, mas você entende porque ela se tornou tão terrível, os motivos estão todos lá, desenvolvidos detalhadamente. Um dos maiores méritos de Fruits Basket é como a obra encontra espaço para desenvolver todos os personagens, e como tudo isso tem um motivo. Tivemos até a história da maldição, que tem bem o estilo de folclore asiático, e foi uma história rápida que funcionou muito bem.
 Foi tão emocionante ver os personagens tomando seus novos rumos após todos os conflitos, e o final foi muito bonito. Confesso que fiquei preocupado com a história da mãe da Tohru e suas últimas palavras para o Kyo, mas ainda bem que isso foi bem explicado e não estragou a imagem que eu tive dela ao longo da série (e já confirmaram um especial dela para 2022!). Acho que a única coisa que senti falta foi saber o que aconteceu com a mãe da Akito, que acabou sumindo, não que alguém fosse sentir falta daquela desgraça, mas eu queria saber o que ela fez depois que a Akito se livrou de seu fardo.
 Eu só consigo encontrar elogios para essa obra, que foi magnífica do começo ao fim. Bela história, ótimos personagens, ótimo desenvolvimento, divertido, envolvente, visual agradável, trilha sonora lindíssima (como não se emocionar sempre que toca essa música?), e um bom desfecho. Três temporadas fechadinhas, em uma caixinha de pura emoção. Uma obra memorável que vai pra minha lista de favoritos 😍
Nota: 10


 E assim encerra a temporada de Primavera 2021! Gostei bastante! Não vou dizer que todas as minhas escolhas foram certeiras, pois Jouran e Higehiro ficaram ali na corda bamba, e teve outro que comecei a ver, Mars Red, que adorei o primeiro episódio, mas depois foi ficando chato bagarai e acabei abandonando. De resto, fiquei bem satisfeito. Vi um romancezinho polêmico e engraçado, mergulhei no som do shamisen, ri pra caramba com um dragão fracote e um mago corretor de imóveis, vi os vilões tomarem o poder do protagonismo, relaxei com um isekai de curas, torci nas lutas de boxe, quebrei a cabeça com intrigas complexas, e me emocionei com o final do melhor shoujo que já vi. E claro, também acompanhei as maluquices de um grupo de garotas zumbis!
 Dos que seguem para a próxima temporada, estou acompanhando Boku no Hero Academia e Tokyo Revengers.

 Agora é encarar a nova temporada, onde eu finalmente consegui reduzir minha lista, eu acho 😅

Uo-chan e Hana-chan... Como vou sentir falta dessas duas!

2 comentários:

  1. Mais uma temporada se encerra. Então tivemos uns animes que geraram certo celeuma no começo, devido aos temas. E outros que pareciam medianos, mas depois se mostraram bons. Para ver que não se deve julgar as coisas superficialmente. Para isso temos o ABB, que vai lá e checa tudo.

    Um exemplo é esse de Koikimo, pelo que entendi. Mas é bem assim mesmo. O cara que dorme com várias, acaba se apaixonando por aquela que não quer porque no fundo era disso que ele precisava. Deve ser bem engraçado ver o cara tentando conquistar a menina, mas pelo visto a coisa fica mais séria depois. E não entendo muito essa polêmica com casal com diferença de idade. Se a relação for saudável, não vejo problemas. E pelo visto KoiKimo soube conduzir bem o tema. Pena que Higehiro não seguiu esse mesmo caminho.

    Achava que Dragon Ie wo kau ia ser monótono, mas então esse também foi bem conduzido. Às vezes uma premissa simples é a melhor e a questão é saber como se faz para ficar divertido. E pelo visto acertaram na mosca. Masayoshi Ooishi é genial, e isso já é uma garantia. Vou dar uma conferida.

    E comédia besta é comigo mesmo! Deixei passar batido o Sentouin. Não tinha me chamado muito a atenção, talvez pelo visual do protagonista, que não parece ser um daqueles soldados regulares. Se ao menos tivesse um uniforme com estampa de esqueleto e uma máscara... Mas pela sua descrição a comédia parece ser bem explosiva, a começar pelos personagens em que um é mais estranho que o outro.

    Não há como melhorar o que já está perfeito, mas tem como manter o nível. É o caso de Megalobox e Fruits Basket. Ouço falar bastante desses e também tenho que conferir. Muito bom ver que não deixaram a peteca cair e Fruits Basket fechou com chave de ouro. Rocky 3 é ótimo! Não só as participações especiais e o Eye of the Tiger, como a história de ascensão e queda e o espírito de superação fazem o filme ser muito bom.

    E é isso aí! Tivemos as provas de que não se deve julgar um anime só pela superfície ou só por um elemento, pois muitas vezes os criadores sabem o que estão fazendo.

    Um nesse sentido acho que é o da Nagatoro, que eu vi nessa temporada junto com Zombieland Saga. A Nagatoro parece ser maldosa e por isso muita gente entendeu errado a proposta do desenho, mas depois mostra que foi graças a ela que o carinha se desenvolveu. E que na verdade ela era tão virjona quanto ele. A cena do jogo de luta é uma das melhores, assim como a do refeitório.

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    1. Grande Usys!

      Não dá pra subestimar os animes, sempre podem surpreender de alguma forma XD

      Koikimo é bem isso mesmo, começa mais engraçado e depois fica mais sério, apesar de não perder o humor. O cara é muito mala no começo hehehe! Acho que a maior polêmica é porque a garota ainda não é maior de idade, talvez se ela tivesse 18 anos não implicariam tanto com a diferença de idade. Mas Koikimo conseguiu contornar as dificuldades desse tema, enquanto Higehiro também estava conseguindo mas no final desistiu.

      Eu achava que o do dragão seria repetitivo e acabaria se tornando cansativo, mas a simplicidade se provou vencedora novamente, nem precisa de muito esforço para ser engraçado. Masayoshi Ooishi é show demais, e os clipes musicais dele são ótimos!

      No comecinho de Sentouin eu tinha certeza que não ia gostar, mas depois que começam as interações entre os personagens principais a coisa toma outra forma. Pior que o Roku-gou não tem muita aparência de vilão mesmo, inclusive quando ele usa umas luzes no traje ele fica parecendo mais um herói, ainda bem que as caretas realçam a vilania nele hehehe.

      Esses dois são imperdíveis! Fruits Basket tá completinho com suas três temporadas, acompanhar as três é uma experiência inesquecível! Rocky 3 é show demais, e o vilão é uma baita figuraça hehehe!

      Nagatoro me parece ser no estilo de Takagi-san, a garota só sacaneia o moleque, mas não é muito diferente dele. O engraçado é que os moleques dessas séries gostam dessas garotas que sacaneiam eles, tudo M hehehe.

      Wakanda Forever!

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