terça-feira, 20 de abril de 2021

Temporada de Inverno 2021: A Conclusão

 

Ola povão louco! Demorou mas saiu!

Com mais uma temporada encerrada, chega "A Conclusão"! Quadro onde dou meu parecer sobre os animes que assisti na temporada que acaba de fechar, comentando o que achei das séries e se acho que vale a pena assistir, e também dou uma nota marota de 0 a 10 (basicamente mini reviews). Aqui reúno os animes que terminaram nessa temporada, então aqueles de 24/25 episódios que começaram na temporada anterior estão na matéria, e os de 24/25 episódios dessa temporada que continuam na próxima vão estar na matéria da próxima temporada.
Os reviews que tiverem spoilers estarão marcados com o aviso, do contrário, o padrão é sem spoiler



Shingeki no Kyojin: The Final Season
 Ok Mappa, tá certo que somos amigos, mas essa trollagem foi braba! Final Season é o @#$%&*@! Essa merda nem terminou! Nossa, eu tô rindo de tão desgraçada  que é essa situação. Por que diabos botam o nome da temporada de "Final Season" se o bagulho não vai terminar? É pra fazer aqueles que só acompanham o anime e não pesquisam sobre SnK pra não levar spoiler do mangá (coisa que sempre tem algum desgraçado publicando) ficar com cara de trouxa, só pode hahahahaha!
 Eu tinha escrito um textão sobre os problemas de "temporadas dividias" e problemas da indústria dos animes, mas deixa pra lá. Só vou ver pelo lado positivo que com mais uma temporada dá mais tempo do estúdio trabalhar bem o roteiro e caprichar na arte.
 Enfim, fomos enganados, mas não vamos estressar. Como eu disse, é melhor ter uma nova temporada de qualidade do que tudo espremido em uma só. Vamos ver se a próxima vai se chamar True Final Season 😝
Nota: 8. Ah, eu nem falei sobre a série em si né? Que abestado que eu sou! Mas vou deixar os comentários pra próxima 😅


Hanyou no Yashahime: Sengoku Otogizoushi
 Quem diria que Inuyasha teria uma continuação oficial após tantos anos?
 Yashahime é exatamente isso, uma continuação de Inuyasha. Mas calma lá, dessa vez não temos o Inuyasha, tanto que foram bem sinceros ao não botar o nome dele no título, o que merece aplausos. Aqui acompanhamos três protagonistas, Towa e Setsuna, filhas do Sesshoumaru (a mãe é spoiler, assista e descubra), e Moroha, filha do Inuyasha e da Kagome. Porém, quando crianças, Towa e Setsuna foram separadas, sendo que Towa foi parar em 20XX, onde foi criada por Souta, o irmão mais novo da Kagome, que era molequinho na série original e aqui é adulto. Após anos vivendo no presente como uma pessoa normal, certo dia um evento faz Towa cair na era feudal, onde ela pode reencontrar sua irmã, e vai descobrir sobre seus poderes e sua herança sanguínea.
 Não que Inuyasha precisasse de uma continuação, mas eu acho que essa foi uma ideia muito boa para reaproveitar esse universo fantástico criado pela Rumiko Takahashi, e apesar de não ter uma aventura tão dinâmica e um enredo mais redondinho como Inuyasha, essa série tem seus méritos, e seu próprio charme.
 Começando que é fácil se apegar às protagonistas, tanto que um dos motivos que eu comecei a assistir foi porque curti muito o visual da Towa, e continuei logo que vi que elas eram carismáticas. Towa é a personagem central e aquela protagonista um pouco mais genérica, boazinha, um tanto ingênua, e rumando para uma "jornada do herói". A Setsuna já é aquela mais durona, mais fechada e série, que algumas vezes precisa ser a voz da razão e botar a galera no caminho certo, apesar de ela ter alguns problemas de personalidade e falta de controle. Já a Moroha está um pouco fora do plano principal, apesar de ser listada como uma das protagonistas, ela é mais apoio das duas irmãs do que uma das personagens principais, mas isso não a atrapalha em nada, pois ela é simplesmente a personagem mais legal, e o maior motivo para eu ter assistido e gostado da série, pois ela traz uma dinâmica mais engraçada para a série, além de ser uma personagem mais "direta", indo contra um dos problemas da série que é a enrolação. Eu costumo dizer que fui assistir pela Towa e fiquei pela Moroha hehehe.
 O enredo é interessante, como já mencionei, é uma ótima ideia para aproveitar esse universo. Mas a série tem alguns probleminhas, como o passar dos anos que causaram algumas estranhezas. Souta é um adulto, então aí já foram uns 10 ou mais anos passados, Towa chega criança e se torna adolescente, então foram mais uns 10 anos. Mas aí parece que os únicos personagens humanos que mudaram alguma coisa foram o Souta e o Miroku, pois a Kagome e a Sango estão exatamente a mesma coisa de mais de 20 anos atrás, e a Rin não parece ser adulta, o que causa algumas estranhezas. O desenvolvimento do enredo é um pouquinho enrolado, tentando manter alguns dos mistérios por mais tempo do que deveria, e a história para manter o Inuyasha e a Kagome fora de cena para dar o protagonismo para as novas personagens é meio furada, além de que parece não ter nenhuma importância na história, parece que ninguém se importa com o que aconteceu com eles, e isso é muito estranho. E tem uma parte que é mais pessoal, que é o fato de que eu não gostei de nenhum dos vilões, achei todos bem chatos e desinteressantes, além de ter algumas forçadas de barra para eles parecerem fodalhões, fora que a última batalha tomou um rumo bem esquisito por conta disso.
 Na parte visual, os designs são excelentes, quando a gente vê as três protagonistas em ação, os visuais delas realmente funcionam, principalmente a Moroha, que você vê que ela é herdeira do Inuyasha, mas ela passa bem longe de ser uma cópia dele, o que mostra um design muito bem pensado. A animação tem vários deslizes, mas nada que embrulhe o estômago, com certeza poderia ser melhor, mas dá pra assistir de boas.
 De resto, é uma aventura divertida em um universo muito legal. Vale a pena assistir pelo entretenimento, pelas boas ieidas, e até pela nostalgia, mas não espere uma grande produção. Eu gostei de voltar para o mundo de Inuyasha, mas acho que algumas coisas precisam melhorar muito ainda para Yashahime ser realmente uma excelente continuação. Se mais cenas conseguirem ser emocionantes como foi a última cena da Towa no episódio final (linda montagem em câmera lenta para algo muito importante na história),  já seria um grande passo. Espero que o estúdio invista mais na segunda temporada (já confirmada), e claro, que tenha mais umas lutinhas da Moroha para nossa alegria 😁
Nota: 7


Hataraku Saibou Black
 É, trabalho excessivo é complicado...
 Aqui acompanhamos o árduo dia a dia das células de um corpo nada saudável, focando em um carinha específico, o Célula Vermelha AA2153, um novato esforçado e corajoso. Ao longo de seu trabalho, ele vai conhecendo colegas peculiares, alguns se tornam grandes amigos, como a Célula Branca U-1196 (que eu chamo de Branca) e o Célula Vermelha AC1677 (que eu chamo de Parça) e com todos esses colegas o AA2153 vai aprendendo mais como sobreviver e manter esse corpo vivo, o que não é nada fácil, e assim acompanhamos essa galerinha ralando diariamente.
 É bem interessante, até meio didático, pois aqui vemos de uma forma bem ilustrativa como os maus hábitos são terríveis para o nosso corpo, o quanto o nosso corpo sofre com nosso descaso, o que às vezes dá até um peso na consciência. Ao mesmo tempo, a série também é uma demonstração de como o trabalho excessivo massacra a vida do trabalhador, algo muito relevante para o público japonês, em vista que o país é conhecido por exigir demais de seus trabalhadores. Então é um anime que ao mesmo tempo que nos entretêm com sua dinâmica e visuais interessantes, também nos faz refletir sobre coisas muito importantes, e até nos ensina algumas coisas sobre nossos corpos (ótimo pra quem não prestou atenção nas aulas de ciências hehehe).
 O visual é ótimo, tem muita personalidade e é muito bem pensado para representar cada célula, fora que o traço tem um sombreamento característico que eu gostei bastante. A animação é competente, e até bem sangrenta em alguns momentos, eu diria que isso aliado ao peso psicológico e a tensão que está presente na maior parte do tempo tornam Hataraku Saibou Black não muito recomendado para a criançada. Inclusive, não é um anime muito recomendado para assistir em dias cansativos, pois pode te deixar ainda mais pra baixo. Isso mostra que Hataraku Saibou Black é um tanto complexo, ao mesmo tempo que é um ótimo anime e um bom  entretenimento, ele não á fácil de assistir. O dia a dia desses personagens é bem sofrido, e muitas vezes dá a impressão de que não há esperança para eles, por mais que o AA2153 tente ser otimista. Tem cenas que são realmente muito tristes, que você pensa que está tudo acabado, bagulho mexe mesmo com os sentimentos hehehe. Sério, se você assistiu e não levou uma pontadinha no coração no episódio 10 eu não sei o que bate no seu peito 😞
 Então temos um ótimo anime que requer um certo preparo para assistir, recomendo para quem procura fortes emoções. Não é perfeito, nos maltrata emocionalmente, mas prende a atenção e é bem desenvolvido. Vale a pena conferir!
Nota: 8
 

Tenchi Souzou Design-bu
 Esse é uma versão bem-humorada de como os animais surgiram no mundo, e é um bagulho bem louco. Acompanhamos Shimoda, um anjo que foi designado para gerenciar no time de design do Céu, onde uma galerinha bem excêntrica "inventa" animais para habitarem a Terra por encomenda de Deus, que se comunica através do Shimoda. A partir daí, vemos várias explicações biológicas sobre diversos animais, inclusive explicando porque algumas coisas não funcionariam, como um unicórnio, por exemplo. É bem engraçado, e bem didático, quase como assistir uma versão anime do Animal Planet, então você se diverte e aprende ao mesmo tempo, o que torna esse anime uma boa opção para assistir com a família.
 Os personagens são bem carismáticos e tem muita personalidade, sendo que cada um tem um estilo específico de criar animais, tipo, um foca em fazer animais fofos, outro faz animais exóticos, e por aí vai. E várias vezes as ideias deles entram em conflito, que é quando as coisas ficam mais engraçadas. Vale ressaltar que esses próprios personagens têm designs bem bacanas também, o que acrescenta na personalidade.
 Como a série não segue bem uma história, sendo cada episódio bem fechado, dá pra assistir bem tranquilo, uma ótima opção pra quem já está com a agenda cheia de animes complicados e quer algo mais tranquilo pra preencher a última vaga. Pra quem procura história e desenvolvimento, certamente esse não é a melhor opção. Eu gostei bastante, e até aprendi algumas coisas surpreendentes sobre os animais, além de ter conhecido alguns que eu não fazia ideia que existiam.
Nota: 8


Jujutsu Kaisen
 Exorcismo com muita pancadaria e bom humor, isso que queremos!
 Em Jujutsu Kaisen acompanhamos Yuuji Itadori, um rapaz que tem uma certa inclinação para o sobrenatural, sendo que ele sempre foi muito forte, mas sempre foi ensinado por seu avô de que deve fazer coisas boas. Certo dia ele se envolve em uma situação onde seus colegas de escola estão em perigo e ele vê um exorcista combatendo uma criatura. Para evitar um final trágico, Yuuji faz uma loucura que acaba fundindo sua alma com a de um ser maligno extremamente poderoso, e por causa disso os exorcistas acham melhor torná-lo um deles, para aproveitar seu potencial, e mais importante, ficar de olho nas manifestações de Sukuna, a entidade que agora reside em Yuuji. A partir daí se desenvolve um enredo bem dinâmico e divertido, onde somos apresentados a vários personagens legais e criaturas horrendas.
 O MAPPA não poupou esforços, fica claro que tudo em Jujutsu foi feito da melhor forma possível. Temos visuais magníficos com desenhos muito bem trabalhados e animação impressionante, dá gosto ver os movimentos dos personagens nas lutas, e tudo é embalado por uma excelente trilha sonora.
 Eu sempre me preocupo com o excesso de personagens nos shonens, e aqui, como todo shonen, tem uma infinidade de personagens. Mas eles não parecem aleatórios, inclusive a maioria é muito bem integrado com o universo da série. Os personagens são bem carismáticos, é fácil se apegar a eles, e com tantos personagens legais às vezes parece até difícil apontar um favorito, já que em cada momento que um deles se destaca a gente começa a gostar mais. Tipo, eu comecei gostando mais do Gojou, o mestre exorcista zoeiro, e depois acabei gostando mais da Maki, a estudante durona e brigona. Mas dá pra fazer uma baita lista de "personagens favoritos" aqui, pois gostei muito de vários outros hehehehe. Acho que minha única reclamação é que há uma diferença muito grande de força entre alguns personagens, e não me refiro aos mestres, mas sim entre os alunos, e eu acho mais legal quando todos os personagens considerados do mesmo nível tem realmente força do mesmo nível.
 O enredo é bem dinâmico, todos os episódios são interessantes e conseguem manter o interesse do expectador. E além da ação incrível, a série possui muito humor, que consegue fazer brilhar até os episódios com mais cara de filler, como um certo episódio de baseball, que é bem deslocado da história principal, mas é extremamente divertido.
 Jujutsu com certeza vai pra minha lista de melhores shonens! Tem tudo de melhor do estilo, sem cair em algumas das armadilhas que muitos outros caem. Tem bom enredo, boas lutas, e personagens marcantes. Agora é torcer por uma continuação, de preferência ainda nas mãos do MAPPA.
Nota: 10


Horimiya
 Esse é do clube parece shoujo mas não é shoujo 😝
 Os estudantes Kyouko Hori e Izumi Miyamura são pessoas bem diferentes. Ela é a garota popular que todo mundo adora na escola, e ele é o cara quietão que a maioria considera até meio sombrio. Esses dois não tem nenhuma ligação na escola, mas um certo evento faz com que o Miyamura acabe na porta da casa da Hori, onde ele descobre que a garota que ele pensava que era uma patricinha popular é na verdade uma garota responsável e atenciosa, que cuida da casa e do irmão mais novo. E ela descobre que o Miyamura fora da escola parece outra pessoa, com piercings aos montes e sem óculos, mas ele não tem nada de sombrio, pois ele é o carinha mais gentil que se pode imaginar. E a partir daí os dois começam a se aproximar...
 Á uma série de cotidiano escolar com comédia romântica bem agradável, regada de personagens carismáticos e sentimentos de amizade. É uma daquelas séries que faz você querer ser parte da turma, preenche um pouco aquele vazio que temos atualmente por não poder ver a maioria dos amigos por causa dessa merda de pandemia. Quase não há conflitos, então fica aquela sensação relaxante, mas ao mesmo tempo fica parecendo que falta um empurrãozinho na história. As interações são muito boas e rendem vários momentos engraçados, apesar de que a comédia boa mesmo não está entre os personagens jovens, e sim com o pai da Hori, que é disparado o personagem mais divertido 😆
 A premissa é muito boa, e o primeiro episódio já apresenta bastante personalidade, fora que é interessante ver como essas duas pessoas tão diferentes na escola acabam se envolvendo. Mas aí entra um probleminha, em certo ponto parece que as coisas que fazem os personagens diferentes meio que somem, deixando eles normais demais, até o visual do Miyamura deixa de ser o visual do Miyamura, se é que você me entende. Então aquela personalidade da série lá do começo acaba se perdendo aos poucos. Não que fique ruim, ainda é uma série muito agradável de assistir, mas fica com uma carinha mais genérica, deixando aquela vontade de que as coisas fossem como antes. É legal que há um certo desenvolvimento dos personagens coadjuvantes, mas parece que isso acaba não tendo muito impacto na história. E há uma coisa que me irrita um pouco, que em vários momentos parece que vai rolar alguma revelação importante para o desenvolvimento de algum personagem, e isso não acontece, coisas que chegam a ser questionadas por outros personagens dão a impressão de que vão ser respondias, e não são, sendo que a série acaba e essas dúvidas ficam no ar. E considerando que o anime foi adaptado de um mangá completo, acho que não teremos uma continuação, até porque segundo os leitores do mangá o final do anime é como acaba o mangá.
 Horimiya é uma comediazinha romântica slice of life gostosa de assistir, mas que tem pequenos pontos frustrantes em seu enredo. Vale a pena acompanhar os 13 episódios, mas fica o aviso que algumas de suas perguntas ficarão sem resposta, e alguns plots sem resultado. Porém, no final das contas o que vale é o entretenimento, e isso com certeza Horimiya entrega.
Nota: 8
 
 
Jaku-Chara Tomozaki-kun
 Será que a vida é muito diferente de um jogo?
 Aqui em Tomozaki-kun, o protagonista Tomozaki é um carinha viciadaço em um jogo no melhor estilo Smash Brothers, mas isso é basicamente a única coisa que ele faz da vida, pois na escola ele é um mega introvertido que não tem amigos e não fala com ninguém. Quando ele descobre que seu rival nas partidas online é na verdade sua colega de classe Aoi Hinami, ele acaba se abrindo um pouco com ela, e ao ver que ele tem zero proficiência na vida social, ela resolve ajudá-lo a ganhar uns níveis em habilidades sociais. A partir daí, o Tomozaki começa a seguir as instruções dela para subir na vida social, como tentar falar com alguém que ela indica, falar sobre os assuntos instruídos por ela, se vestir de outra forma, e por aí vai. 
 A real é que o Tomozaki precisa mesmo de ajuda. Ninguém é obrigado a ser um mestre extrovertido da carisma e manjar de todos os assuntos, mas ser completamente socialmente inapto não é nada saudável, e pode prejudicar muito o futuro dos jovens. Então, é ótimo que alguém possa receber ajuda para "sair do casulo" e aprender mais a como lidar com a vida. Porém, se tudo que ele fizer for baseado em coisas que disseram para ele fazer, isso não tornaria ele apenas uma pessoa superficial? Essa é uma questão importante que infelizmente demora para ser abordada na série, pois ao longo de seus 12 episódios ela segue um caminho um pouco mais bobinho, talvez pra não esmagar os expectadores com uma carga psicológica, já que a ideia aqui é ser uma comédia leve do dia a dia escolar.
 Eu tive problemas em gostar dos personagens. Gostei de duas das garotas, a introvertida Fuuka Kikuchi, e a animada Nanami Minami, até porque são elas que trazem algumas questões mais relevantes para o enredo principal. O Tomozaki só começa a ficar interessante quando questiona algumas das decisões, algo que demora um pouquinho, mas é aí que você vai percebendo o desenvolvimento do personagem, que é bem trabalhado. Já a Hinami tem grande importância para a história, mas não me pareceu muito interessante. Os outros personagens achei bem esquecíveis e não muito desenvolvidos, um dos garotos até chega a ganhar um desenvolvimento, mas parece que não vai muito pra frente. Porém, é algo que dá para aproveitar em uma possível continuação.
 O visual é bem bonito, gosto quando mesmo em animes mais parados dão atenção a animação e aos traços, afinal é sempre agradável ver bons visuais. E a animação de abertura é bem estilosa, incluindo uma música divertida que funciona bem com o tema da série.
 Tomozaki-kun é um bom anime de comédia escolar do dia a dia, com algumas boas questões sociais. Mas ele não chega a ganhar grande destaque, pois não chega a ser uma comédia muito engraçada, e demora para tornar suas questões sociais realmente interessantes. O lado legal é que quem é gamer vai catar alguns termos que o Tomozaki usa para comparar com a vida real. Com certeza não é meu favorito da temporada, mas com certeza não passou batido, e vale a pena conferir seus 12 episódios.
Nota: 7


Yuru Camp Season 2
 A segunda temporada é simplesmente mais do mesmo, que bom! Yuru Camp é uma série que entrega perfeitamente o que propõe, sem mais nem menos. Não há um grande enredo rolando, nem tretas. É só o cotidiano de garotas que gostam de acampar, relaxando e se divertindo, desde a primeira temporada. Talvez não seja pra qualquer um, deve ter gente que não gosta desses animes mais paradinhos, mas eu acho sempre bom ter um desses na lista a cada temporada, pra dar aquela bela espairecida. E Yuru Camp é a escolha perfeita para ocupar esse espaço, pois é extremamente agradável e relaxante, simplesmente muito gostoso de assistir. E não podemos esquecer de que também é muito engraçada, com as reações e expressões das personagens, mais as idiotices da Aki (ela imitando o Gendo Ikari é hilário). Fora que as interações são perfeitas!
 A série é um bom exemplo de como a simplicidade pode funcionar muito bem, e que bom que a segunda temporada se manteve simples. E não é por ser simples que não faltam emoções, a cena da Rin e o avô passeando juntos em suas respectivas motos foi uma das coisas mais bonitas dessa temporada, e foi na simplicidade, tudo que precisou foi aquele belo cenário e o silêncio, mais nada, e mesmo assim conseguiu passar muito mais sentimentos do que muitas séries que se esforçam um monte pra tentar chegar a isso. Yuru Camp nos ensina a aproveitar o lado simples da vida, e ainda nos ajuda a manter os corações aquecidos nesse momento em que não podemos passear por todos os lugares que gostaríamos. A primeira temporada estabeleceu a série como uma joia do slice of life, e a segunda mantêm esse nível. Se você gosta desse tipo e anime, esse é a escolha perfeita, assista!
Nota: 10


SK∞
 Até deu vontade de andar de skate e me quebrar 😝
 Nesse divertido anime conhecemos um dos protagonistas, Reki, já no meio da ação em uma disputa radical de skate no "S", uma competição bem hardcore onde vale quase tudo pra ganhar do oponente, até mesmo pular do skate e meter aquela bela voadora, mas mesmo assim ainda é necessário habilidade pois as pistas são bem difíceis. O problema é que o Reki, apesar de amar skate, costuma levar a pior nas disputas. Certo dia chega um novo colega na escola, Langa (lembra Bacurau né?), um rapaz que parece meio "cabeça de vento". Os dois acabam ficando amigos e Reki descobre que o Langa mandava muito bem no snowboard, e assim tenta fazer ele transferir essas habilidades para o skate, e assim os dois mergulham fundo no mundo do S, e a partir daí a coisa só fica mais divertida.
 Temos uma dupla de protagonistas que tem uma baita química, o bromance é forte nessa série, e é legal como a amizade deles se torna o grande pilar da série e muito do significado do entretenimento por trás do skate vem dessa amizade. Além dos dois ótimos protagonistas, somos apresentados a mais uma galera bem estilosa e caricata, um maluco grandalhão que se faz de malzão mas fora do S é um baita bobão, um molequinho cheio de talento e arrogância, um galã bombadão com uma técnica de skate muito peculiar, um intelectual que usa um skate com inteligência artificial, e a grande estrela da série, Adam, o vilão super caricato que transborda estilo e personalidade. Todos esses personagens são muito legais e suas interações são super divertidas, e o desenvolvimento deles é muito bom no geral. 
 O estúdio Bones deu show na animação, com cenários em CG que se integram bem com os personagens em 2d na maior parte do tempo, dando todo um estilo para as corridas. As manobras são muito bem animadas e lindas de assistir, o estilo do Adam então, parece que a equipe de animação deu toda uma atenção especial pra ele, o cara literalmente dança sob o skate, e é muito bem feito! Acho que muita gente deve ter acompanhado essa série muito pelo visual, que é realmente de cair o queixo. 
 Mas não é só de um belo visual que SK∞ vive, o enredo simples funciona muito bem, com uma bela mensagem de amizade, mas também uma mensagem sobre simplicidade, que você pode ver o lado divertido das coisas. Não é necessário ser o melhor em algo para se divertir com aquilo. Perder pode ser frustrante, mas se você se divertiu com aquele esporte, com aquela disputa, e praticou aquilo ao lado de pessoas que você gosta, é isso que importa no final. E diversão é outro foco aqui, pois o humor é muito presente, rendendo várias risadas. Até o encerramento contribui para isso, no melhor estilo vídeocassetadas! 
 Minha única crítica na parte do enredo é que em certo momento da série, o Reki entra numa maré de deprê que se estende demais. É uma parte que faz sentido para história, eu entendo porquê está ali, mas é bem chata, e fica aquela vontade de que as coisas voltem logo a ser naquele mesmo nível de diversão que nos cativou. Tirando essa parte, só tenho elogios para a série, que eu recomendo pra todo mundo que procura um entretenimento simples e de alta qualidade. É uma baita história de amizade e paixão por um esporte, com uma pegada bem caricata. Não precisa ser um grande fã de skate pra curtir o que a série tem a oferecer, eu mesmo não manjo nada dos nomes de manobras e tal, mas isso não me impediu de achar esse um dos animes mais legais da temporada.
Nota: 9,5


Wonder Egg Priority
 Olha o anime do ovo aí!
 Fiquei bem na duvida de falar sobre ele nessa matéria, pois a história ainda não foi concluída, o último episódio ficou para um especial que vai sair em junho. Mas depois de pensar bastante, acho que não dá pra deixar essa temporada passar sem falar de algo tão surpreendente, então vamos lá!
 Ai Ooto é uma garota introvertida e muito sozinha, que lida com o sofrimento de ter perdido sua única amiga, Koito Nagase, que se suicidou recentemente. Em uma certa noite, Ai começa a seguir um tipo de vagalume e acaba encontrando um ovo, e ao portá-lo, coisas estranhas começam a acontecer, até que ela recebe uma mensagem de que deve quebrar o ovo, e ao quebrá-lo, aí é que a coisa pira de vez. O ovo contém um mundo fantástico onde residem criaturas estranhas e uma garota que se suicidou. Nesse mundo Ai é praticamente uma super heroína com muita força e agilidade, portando um tipo de martelo em forma de caneta multicolorida, e se ela conseguir salvar uma quantidade de garotas por ovo, a entidade misteriosa promete trazer sua amiga Koito de volta.
 Joga no liquidificador Madoka, Coraline, e Alice no País das Maravilhas, e depois bota um temperinho especial que torna isso bem diferente de todos esses ingredientes, e temos Wonder Egg Priority, o anime mais surpreendente da temporada! O primeiro episódio já pega o espectador pelo pescoço e não larga mais, é impossível não ficar intrigado com essa história.
 Eu geralmente gosto de coisas mais simples, mas quando me apresentam algo que é complexo de uma forma tão envolvente, eu embarco com gosto. E é o que temos aqui, uma trama com detalhes bem complexos, com sentimentos muito profundos, que forma uma série extremamente envolvente. Já aviso que não é para os mais sensíveis, pois temos temas bem pesados como depressão, suicídio, dificuldades familiares, e até mesmo sinais de possível abuso. E há a parte gráfica também, com bastante violência em alguns momentos. A série caminha constantemente em uma corda bamba entre a ternura e a violência. A metalinguagem corre solta e é necessário prestar atenção para não perder os detalhes mais minuciosos, que valem a pena.
 Eu adorei a protagonista Ai! Ela é tão fofa e querida, e ver ela passando por toda a dificuldade que a vida lhe jogou nos ombros faz com que a gente torça por ela a todo momento. A forma como ela é desenvolvida e como ela luta no "mundo da maravilha" é muito bem trabalhada. Há também outras três garotas que aparecem ao longo da série e também lutam nesse mundo, Neiru Aonuma, uma garota muito quieta e até meio fria, com um grande intelecto. Rika Kawai, uma ex-idol que é a garota zoeira da turma, mas que carrega um grande fardo na consciência. E Momoe Sawaki, uma garota admirada pelas garotas de sua escola por parecer "um garoto bonitão". Dessas três, a Rika se destaca por sua personalidade forte e o melhor desenvolvimento. A Neiru possui um desenvolvimento meio confuso, e é a personagem que eu menos gostei entre as quatro, mas mesmo assim desempenha um bom papel na série. E a Momoe é bem carismática, tem um desenvolvimento interessante, e possui uma das cenas mais chocantes da série.
 O visual é impressionante! Acho que muita gente acabou acompanhando a série por conta da arte apresentada no primeiro episódio, que ainda é embalada por uma animação de cair o queixo. É impressionante que uma série que teve pouca divulgação tenha recebido um trabalho tão caprichado. Há um episódio onde a Ai luta se balançando em umas cordas no melhor estilo Homem-Aranha que é uma das coisas mais fantásticas que eu assisti recentemente, o estúdio está de parabéns!
 A música de abertura acho que combina perfeitamente com a série, ela tem uma pegada bonitinha e ao mesmo tempo melancólica que realmente se encaixa com o tema da série.
 A série é composta de 12 episódios, sendo que o 8 é um recap que ajuda bastante. A história ainda não terminou, como já mencionado, terá um especial em junho para fechar a série (pelo menos não veio com o título de final season hehehe). Me preocupa um pouco que parece que ainda há muita coisa para acontecer, e eu não sei se apenas um episódio vai dar conta, a não ser que tenha uma duração maior. Mas vou dar um voto de confiança para o CloverWorks, que fez um trabalho tão maravilhoso até agora.
 Minha recomendação é a seguinte: Se ainda não assistiu, dá uma segurada até junho pra conferir a história completa de uma vez só. Mas ASSISTA (se você não tiver problema com os temas pesados citados, claro)! Bota aí na sua agenda e ASSISTA! Pois a história ainda nem terminou, e eu já considero um dos possíveis melhores animes do ano. É bonitinho, é muito artístico, é pesado, é tenso e ao mesmo tempo sensível, lida com temas complicados com cuidado, é emocionante e envolvente. Simplesmente maravilhoso como seu título!
Nota: 10, torcendo para que o final mantenha essa nota. Mas a série até aqui merece essa nota sem sombra de dúvida.
 E recomendo assistir ao ótimo vídeo que a Gabi Xavier fez sobre a série. Ela se aprofunda em alguns assuntos que eu não aprofundei (para a o texto não ficar ainda maior do que já ficou). E é sem spoiler.



 E assim conclui a temporada de inverno 2021! Excelente temporada, posso dizer que minhas escolhas foram certeiras. Eu gostei até do anime final que não era o final, então é porque a coisa foi boa mesmo hehehe.
 O saldo final é positivo. O único que me deixou em cima do muro foi Yakusoko no Nerverland 2, que nem comentei porque realmente não sei o que falar sobre esse anime. De resto, vi muita coisa boa! Vi política titã sem final (não consigo segurar essa piada), o retorno ao mundo yokai de Rumiko Takahashi, a luta para manter vivo um corpo que não sei cuida, como funcionam alguns animais do nosso mundo, porradaria sobrenatural das boas, vi que as aparências enganam, um gamer tentando jogar a vida real, meu acampamento favorito, disputas malucas de skate, e a maravilha do ovo (que frase estranha).

 Agora é encarar a nova temporada, que tá lotada de anime legal e eu tô mó atrasado com todos! Menos Zombieland Saga que tá rolando umas matérias marotas por aqui. Bora!




E é por essas e outras que deveria ser lei ter pelo menos uma temporada de Yuru Camp por ano! Aliás, acho que eu fiz uma cara parecida quando apareceu o "To be continued" no último episódio da "última" temporada de SnK 😝

2 comentários:

  1. Opa! Hora do Balanço Geral da temporada!

    Cells at Work BLACK realmente deu muita aflição. Ver os glóbulos vermelhos se matando e se esforçando para cumprir uma missão e o resultado é permitir a entrada de uma doença na qual vários glóbulos brancos perderam a vida. E o episódio 10 foi um tremendo golpe no estômago, em vários sentidos. Ver uma das cenas do encerramento depois dessa foi de chorar. Um verdadeiro alerta para a gente tomar jeito e se cuidar.

    Por outro lado, Yuru Camp é bem mais relaxante e acho que é o que precisamos também. Um anime que faz a gente se sentir numa boa. Tem aquelas vezes que a gente gosta tanto dos personagens que não se importa em vê-los levando vidinhas triviais, fazendo coisinhas comuns e se divertindo.

    Terminei de ver Majo no Tabitabi e acho que vou começar a ver Wonder Egg. Ambas ganharam nota 10 e no caso da Elaina foi bem merecido. Isso sem falar que a história é bem intrigante e a sua descrição me deixou bem curioso. Suas indicações nunca falharam, então vou nessa também! E tenho que dar um jeito de ver Yuru Camp. Só espero não me arrepender... digo, de querer as figuras das meninas e ficar literalmente De Carteira Vazia. Não que a situação atual permita, mas...

    Ah, a Gabi Xavier é muito boa e observa bem os detalhes e nuances do que analisa. Ela fez um vídeo ótimo sobre Devilman. Ou melhor, ela foi a única que conseguiu fazer um vídeo review que realmente analisou e entendeu a obra.

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    1. Grande Usys!

      Esse é de arrepiar e dar tremelique hehehe! Ver a galera sofrendo dá muita aflição, o episódio 10 então. O cara que escreveu deve ser sádico, só pode! Pior que o bagulho é muito interessante, e realmente nos faz pensar em cuidar mais da saúde.

      Yuru Camp é uma joia preciosa do relaxamento hehehe! É muito gosto de assistir, sempre se termina um episódio com um sorriso no rosto. E é bem na simplicidade, só naquele dia a dia de boas.

      Que legal que viu Majo no Tabitabi, esse é show demais! E Wonder Egg, apesar de ser bem diferente, está no mesmo nível de qualidade, as notas 10 não são por acaso hehe! O único problema de assistir agora é ficar roendo as unhas até chegar o final em junho, mas que vale a pena, realmente vale. Já Yuru Camp é bom em qualquer dia e qualquer hora, que sempre melhora o humor não importa em que nível ele esteja. Ah, querer as figuras é inevitável, antes mesmo de assistir eu já queria hehehehe! Pior que essa semana me decidi que pegaria a Nendo da Rin, mas aí descobri que a pré-venda esgotou...

      Da galera que fala de anime no YouTube, a Gabi Xavier é a melhor, na minha opinião. Ela se aprofunda nos detalhes dos animes, e é bem mente aberta, sem os preconceitos que muitos fãs de animes têm. E a voz dela é muito agradável.

      Wakanda Forever!

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